domingo, 5 de agosto de 2012

Suplementação e Nutrição

10 dicas para o sucesso do seu rendimento. O diferencial para a obtenção de resultados/ Por Dr.Alexandre Castelo Branco de Luca
 
 
Foto: Ivan Padovani

Sabemos que o que ingerimos tem uma ligação muito importante na formação, manutenção e renovação de nossos tecidos, órgãos e funções. Assim sendo, provocando a homeostase do organismo. O resultado destas centenas, ou milhares de reações químicas e conexões, são visíveis através de exames específicos, mas também pelo seu desempenho, disposição, aumento de força e resistência.
Temos que observar a ingestão de carboidratos, que podem ser simples (ribose, dextrose, malto, massas, etc...), ou complexos (raízes, tubérculos, waxamaize, cereais, etc...).
A ingestão de proteínas deverá ser fracionada ao longo do dia, podendo utilizar diferentes tipos (proteína isolada, concentrada, hidrolisada, BCAA, caseina, aminoácidos, etc...).
A ingestão de gorduras também é fundamental para a sua performance, sendo divididas em diferentes tipos (saturadas e insaturadas, vegetal, animal, óleo de oliva, óleo de prímula, óleo de borragem, óleo de linhaça, Omega 3 -6 -9, etc...).
Existe também a suplementação de vitaminas ( vitamina A, E, D, B1, B2, B3, B4, B5, B6, B12, ac.fólico, etc...), sais minerais (magnésio, manganês, selênio, zinco, cobre, ferro, etc...), antioxidante e outros (ginko biloba, quercetina, hesperidina, CoQ10, beta-alanina, creatina, HMB, etc...).
A sua administração deverá ser proporcional a quantidade e qualidade de sua atividade física, bem como o desgaste do dia a dia. Teremos que dividir o seu dia em períodos – café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia, pré-treino e pós-treino. Assim sendo, teremos capacidade para dividir ao longo destes períodos os nutrientes necessários para obtenção de um maior rendimento. Então podemos comprovar que existe uma gama enorme de suplementação alimentar, nas quais devemos priorizar cada uma delas, dependendo da sua fase de treinamento, bem com ao longo do dia (ex: café da manha, almoço, jantar, pré-treino, pós-treino, etc.).
Tente visualizar em que fase de treinamento você se encontra/ como esta o seu organismo/ como esta o seu desempenho/ está cansado/ está conseguindo treinar e se recuperar/ obteve ganho de massa muscular / apresentou perda de gordura/ pegue um papel e descreva você mesmo...IMPORTANTE!
10 DICAS do SUCESSO
1- Faça todas as perguntas acima para você mesmo e seja sincero.
2- Planejamento – nutricional, suplementação, treinos, competição, investimento de tempo e dinheiro, disciplina, organização, força de vontade, objetivos, etc...
3- Ingestão de carboidratos: simples e complexos . Nutrição e suplementação fracionada ao longo do dia. Pré-treino – carboidrato simples e complexo (Mix), durante o dia – complexo – baixa absorção com baixo índice glicêmico.
4- Ingestão de proteínas: Caseina no período da manhã, à tarde mix de Isolda, concentrada e hidrolisada, pré treino – BCAA, aminoácidos e HMB, pós-treino – hidrolisada, isolada, BCAA e aminoácidos.
5- Ingestão de gorduras de preferência insaturadas, azeite de oliva, Omega 3, óleo de linhaça, manteiga (origem animal) em pequenas quantidades.
6- Vitaminas: uso diário de vitamina C (entre 1 a 3 g), vitaminas do complexo B (todas), vitamina D (variável – 400ui até 5000ui), vitamina E e tocotrienol.
7- Sais minerais: uso diário de pequenas quantidade de magnésio, manganês, zinco, cobre, selênio, etc... (realizar o exame de Stress Oxidativo e Pool de Antioxidante para saber a deficiência vitamínica associada com o aumento da produção de agentes oxidantes).
8- Outras vitaminas e antioxidantes: CoQ10 200 a 400mg dia (aumento da energia) ou Ubiquinol 50 a 100mg dia, ginko biloba, quercetina, hesperidina, castanha da índia, beta-alanina ( aumento do endurance), etc...
9- Ingestão de líquidos : beber muita água e fluido ao longo do dia, não apenas no pré, durante ou pós treino.
10- Respeito a seu corpo...
Boa sorte...bons treinos...SUCESSO!



Mal súbito e provas de rua/ por Miguel Sarkis

Um caso numa prova recente em São Paulo acendeu o alerta sobre a necessidade dos corredores tomarem alguns cuidados e estarem atentos às sensações físicas
 
foto: adam tavares - ativo.com
Temos ouvido falar de mal súbito e morte súbita durante anos e toda vez que acontece de fato nos atormenta muito. Neste final de semana tivemos um episódio, diga-se de passagem, angustiante.
Um corredor de 40 anos, com alguma bagagem de corridas, não sei ao certo quantos anos de treinos efetivamente, porém, o que deu para entender é que sensações de mal estar teriam se iniciado anteriormente à prova do domingo.
Passar mal nos quatro quilômetros de prova, certamente seria resultado de um mal já estabelecido em seu organismo e que não o permitiria ir tão longe. Algumas outras situações, diferentemente deste caso, que culminou em morte do corredor, têm se repetido em provas dos mais diversos níveis e em atletas de elite, inclusive.
Por milagre, o caso se deu em frente às tendas das assessorias dos treinadores que aguardavam seus atletas, durante a passagem dos quatro quilômetros, na Avenida do Jóquei e que, de certa forma, foi uma solução imediata, com um chamado da emergência, desfibrilador e recuperação do acidentado.
Na história somam-se a esses muitos casos de mal súbito e mortes, como o mais famoso, o do soldado Grego Feidipides, que percorreu uma distância aproximada a da maratona moderna, para levar alguma forma de notícia ou alerta, não se sabe bem esta história, tendo levado a mensagem e, após, morreu.
Casos como esses ficaram em nossas memórias, até que um dia deparamos com um “soldado” desfalecido, bem ali ao nosso lado e para nosso temor, ele é como um corredor. Corre todos os dias ou quase todos, alimenta-se, dorme, e faz tudo que fazemos e divide o mesmo chão que todos.
Então, devemos colocar algo de novo na história? Sim, certamente. Todos os casos são de pessoas que passaram de seus limites fisiológicos, momentâneos ou definitivos (para algumas pessoas, com sérias restrições cardiológicas, a prática da corrida não é recomendada pelos médicos, apesar disso, continuam a correr, achando que a corrida fará milagres), continuam com seus treinos e circunstâncias semelhantes de esforços desmedidos e que levaram a tais episódios. O que fazer?
Antes de Começar a Correr
- Avaliação médica com Medico Esportivo.
- Avaliação de sangue semestralmente.
- Acompanhamento Nutricional.
- Treinamentos coerentes, graduais e possíveis.
- Objetivos graduais, como já informei em minha coluna, nas quais as provas sofrem um escalonamento de distância, até que se possa chegar às velocidades pretendidas.
- Corrida de alguns quilômetros sistematicamente realizados por anos, acima dos 4 anos.
- A especial atenção para mal estar, durante o dia, antes e durante treinos, sensações de intenso desgaste, requer uma reavaliação geral.
Exames de sangue, realizados a cada seis meses, dão os sinais necessários para um médico especialista em esportes, para optar em uma investigação mais detalhada.
Certamente, os exames médicos não eliminam muito os possíveis problemas cardíacos, exigindo assim, do praticante de corrida, intenso detalhamento de suas sensações físicas ao seu médico, nutricionista, e profissional do esporte.
Depois dos cuidados acima e da conferência diária na tabela da qualidade de vida, você terá uma corrida muito mais saudável
Boa sorte! E evidentes ganhos na sua qualidade de vida.


http://www.ativo.com/Esportes/Pages/MalSubitoeProvasdeRua.aspx

domingo, 22 de julho de 2012

Mitos e Verdades da Nutrição

Especialista resume cinco das principais dúvidas de atletas e esportistas quanto a alimentação e hidratação/Por Marco F. Jafet  

  
Tenho relatado, em todos esses anos que atuo na área da nutrição, que os atletas e praticantes de atividades sustentam muitos mitos sobre alimentação. Esses mitos são repassados, há décadas, pelo público leigo, sem nenhum embasamento científico e trazendo muita dúvida ao público. Este por sua vez, não sabe o que fazer em inúmeras situações.
Por isso, e para atender essas dúvidas mais freqüentes, selecionei cinco das duvidas mais corriqueiras que aparecem no dia a dia, junto às maneiras de solucioná-las.

1 – Tomar leite engrossa a pele?
Mito.
Essa dúvida ocorre muito entre os praticantes de musculação, que evitam tomar leite argumentando que o mesmo “engrossa” a pele. Isso é absolutamente impossível de acontecer, pois a digestão do leite é feita no intestino o que não da tempo de chegar até a pele. O que ocorre quando tomamos leite é uma perda de definição muscular devido a atração da molécula de açúcar (lactose) pela água (H2O), ocorrendo uma retenção hídrica intra celular.

2- Fazer exercício físico em jejum é bom para perder peso?
Mito.
Quando praticamos qualquer tipo de atividade física de estômago vazio, ou seja, em estado hipoglicêmico (sem açúcar no sangue), utilizamos como fonte de energia nossa própria massa muscular, que através de um processo bioquímico chamado gliconeogênese ( formação de carboidrato através de um outro nutriente), se transforma em glicose para alimentar energeticamente nossos músculos.

3 - Tomar líquidos durante as refeições é proibido?
Mito e Verdade, pois depende da quantidade!!
Pode- se tomar líquidos durante as refeições, contanto que essa ingestão seja moderada, não excedendo um copo de 200 ml, pois quantidades maiores podem comprometer a digestão dos nutrientes e sua absorção. Além de provocar sensação de plenitude e desconforto. Líquidos gasosos prejudicam ainda mais, pois distendem a parede estomacal, que por si só é elástica e vai condicionando ao longo do tempo uma distensão gástrica e proporcionando o aumento da área do estômago. Na verdade não é o líquido que engorda, mas sim as condições a que ele é submetido e agregado.

4- Deixar de jantar me ajudará a perder peso?
Mito.
Essa afirmação é totalmente falsa, pois ao pularmos uma refeição, no caso aqui em destaque o jantar, deixamos nosso metabolismo mais lento, pois ele entenderá que você está poupando energia, e diminuirá o seu ritmo metabólico para lhe proporcionar energia na falta da mesma. Além disso, ao deixar de jantar, nosso organismo entra em estado catabólico (perda) e começa um processo bioquímico onde a produção de cetose (estágio do metabolismo que ocorre quando o fígado converte gordura em ácidos graxos e corpos cetônicos) assume para formar energia, mas esse processo a longo prazo é altamente oxidativo, pois acomete a formação de radicais livres que são prejudiciais a saúde. 

5 – Comer de 3 em 3 horas emagrece?
Verdade.
O fato de comer nesses intervalos de tempo faz com que nosso metabolismo trabalhe de forma mais acelerada, proporcionando uma queima calórica mais efetiva. Por esta razão, é fundamental para dietas de perda de peso fazermos lanches intermediários entre as refeições principais.
 

http://www.ativo.com/Canais/Pages/mitoseverdadesdanutricao.aspx

Você corre tenso ou relaxado?

Uma corrida tensa pode levar o corredor às lesões. Uma corrida descontraída e orientada propicia o bem-estar e a qualidade de vida .
 
foto: ivan padovani - ativo.com

Corre Tenso ou Relaxado? Uma corrida tensa pode levá-lo a lesões. Uma corrida descontraída e bem orientada permite o bem estar. Como saber se você está tenso antes ou depois de seus treinos?
Vamos a um simples e eficaz teste. Observe em você mesmo:
Neste exato momento, onde está a sua mão direita? Está segurando o mouse? Está segurando uma caneta ou está travada em uma das teclas do seu computador? A sua mão esquerda? Está Segurando algo? Está segurando o queixo ou está apoiada, como que se sustentasse o seu corpo?
Os seus pés estão cruzados, estão apoiados, como que se estivessem preparados para dar a partida em uma corrida ou estão apoiados em algum degrau esperando dar sustentação ao corpo inteiro?
Seus joelhos estão tensos? Eles estão flexionados em ângulo reto? Suas costas estão como que se carregassem uma imensa saca de arroz? Seu pescoço está tenso, esperando ler tudo que o computador lhe oferece ou está inclinado para uma das laterais, buscando um apoio invisível?
A coluna lombar está mandando sinais de que há tensão e, portanto, seus músculos estão buscando sustentação e apoio adequados, não conseguindo, tenciona a região e sente muitas dores quando se levanta?
Por outro lado, você pode estar em condição que não estas relatadas nos exemplos. Você está?
Com a sua mão direita relaxada, buscando senti-la enquanto lê este artigo? Está apoiada em cima de uma espuminha apropriada para o relaxamento de suas mãos, enquanto trabalha no seu computador?
A sua mão esquerda está relaxada em cima de uma mesa, ou largada no prolongamento do corpo? Está apoiada por sobre a cabeça, dando uma ordem de relaxamento para seu pulso, cotovelo e ombro esquerdo?
Suas pernas e pés estão alongados, apoiados sobre uma banquetinha, sendo que os pés, descalços, apoiados em plano superior ao solo, com os joelhos flexionados em ângulo reto?
Você observou se suas costas estão relaxadas? Elas oferecem tolerância à postura que insiste em disciplinar no seu dia a dia?
Você notou a tensão que se tentou estabelecer na parte superiora de suas costas e pescoço? Suas costas, lombar e torácica estão relaxadas, por que você nota quando esta trabalhando há horas e seus músculos cobram o descanso devido?
Muito bem, depois de notar-se em todos estes itens que normalmente os corredores não notam, observará que a partir destas aferições tenderá a não colecionar as dores em regiões que, quando aliadas com o cansaço da corrida, traz angustia e inconformismo com as mesmas. Depois de algum tempo praticando este tipo de auto-análise dos gestos físicos, você poderá se sentir mais dono de seus movimentos.
Uma Janela na hora de correr
A corrida reflete, em seus primeiros minutos, os “temas” mais conflitantes do dia. Certo? Sem dúvida, se você se afligiu até pouco antes do seu treinamento e dirigiu-se quase que imediatamente à corrida e sem se perguntar nada, certamente “embarcará” consigo as dores dos problemas mal resolvidos do trabalho.
Coloque uma “janela” em seu dia, cada vez que mudar de atividade. Nem que seja para comer algo, tomar um café ou um copo com água, melhor observar-se e notar se algo ainda o atormenta, antes dos inúmeros quilômetros que correrá, sob o pretexto de atingir melhor qualidade de vida ou um nível de corrida melhorado. Se a mente ou o corpo não acompanharem a sua real intenção, então poderá não obter os “lucros” dos treinamentos.
Essa “janela” pode ser um alongamento calmo e curto. Um papo sobre qualquer outro assunto que não o de trabalho. Um pensamento em coisas boas e a pré-definição da intensidade que você deverá percorrer, até que chegue a velocidade desejada e coerente.
Esses são treinamentos mentais viáveis a qualquer corredor e em qualquer estágio. Realizar a auto-análise requer disciplina e vontade de proporcionar tais investimentos “invisíveis” em causa própria.
Sigamos em frente em caminhos longos, direcionados ou tortos, mas sem dúvida, sempre.

http://www.ativo.com/Esportes/Pages/VoceCorreTensoouRelaxado.aspx
 

Meia Maratona ou Inteira, qual delas pesa mais?

Se os treinos de preparação para as duas distâncias podem durar o mesmo tempo, o que diferencia as duas provas? Miguel Sarkis explica suas especificidades
 
 
foto: ivan padovani - ativo.com
Se pensarmos em esforço físico e treinos necessários, estamos falando quase da mesma coisa. Se as duas provas estivessem nos dois pontos de uma balança para verificar a similaridade, então elas se equilibrariam. Mas, por que uma cansa mais que a outra?
A história começa com as seguintes considerações, em que os treinos para uma meia maratona devem durar aproximadamente seis meses, enquanto a maratona exigirá, também, o tempo aproximado de seis meses para uma preparação específica. Mas, então, o que pode diferenciar as duas provas?
Neste caso, a Meia Maratona é uma prova que requer um pouco mais de velocidade do atleta e o desgaste pelo esforço pela velocidade maior pode evidenciar-se em relação à maratona.
A prova de maratona, por sua vez, requer alguns cuidados com os treinamentos que, no mais das vezes, condiciona o seu praticante a ritmos mais progressivos, quando comparados a prova de meia maratona. Certas vezes, os ritmos dos corredores são muito menores que os ritmos exigidos para a meia.
Feitas estas observações, admitimos, muitas vezes, que as condições e sensações emocionais, pré-prova, nos abalam menos quando falamos de meia maratona. Neste tipo de análise, ficamos mais abalados quando nos preparamos para a maratona.
Ao treinarmos mais longo para a maratona, circunstancialmente sentiremos mais sono, maior apetite, além de outras sensações que surgem na medida em que aprofundamos nos meses de treinos objetivando a maratona. Se a recuperação destes percalços não for observada e sanada, então levamos para a prova todos os pontos que não acumulamos durante os preparativos para a prova de meia maratona.
Numa conclusão rápida, digo: ao treinar para a meia maratona é aconselhável que o corredor tenha mais de um ano de treinos regulares. Por outro lado, para a maratona, precisamos de quatro anos de treinos ininterruptos.
O Peso de Cada Uma
Meia MaratonaCansa e recupera-se mais rápido
MaratonaCansa e recupera-se mais rápido
Depende do tempo de treino
Se você já é um corredor experiente com mais de quatro anos de treinos, a sensação de desgaste pode ser menor tanto na Meia como na Maratona.
O Peso na Balança, definido no Estágio de Treinos

Então, corrida com menor desgaste deve ser focada a partir dos dois a quatro anos de treinos, dando assim, a chance de seu organismo metabolizar os resíduos da contração muscular, sem muito esforço.
Neste caso, as dores podem surgir decorrentes do tempo de treino menor, e geradas pela impossibilidade em recuperar rapidamente após um esforço prolongado.
Por exemplo, um corredor que termina uma meia maratona em mais de 2 horas, certamente, deseja ver realizar em menos ou em torno das 2 horas. E se o assim fizer, poderá apresentar dores que permanecerão por alguns dias, decorrentes do esforço desmedido, decorrente da incompatibilidade de tempo de treinos e esforço projetado.
Se um corredor realiza uma meia maratona, ele pode realizar uma maratona?
Se a idéia é a de que só por que você passou a realizar dez quilômetros por dia já poderá correr uma meia e ou uma maratona, então, comece pensar diferente, levando em consideração a sensação de desgaste, além do tempo de treinos. No longo prazo, seu organismo poderá demonstrar, através de lesões irreparáveis, todos os percalços de que ele não foi capaz de sintetizar por si só.
As idéias que podem fazer a diferença na hora de equilibrar os resultados.
Se a sua idéia é realizar uma meia ou maratona ainda mais rápida, não se esqueça que os treinos para estes eventos diferem em muito das demais provas de cinco e dez quilômetros, não sendo parâmetro para ninguém alavancar treinamentos para provas longas em cima da idéia subjetiva e única de bem-estar, só por que melhorou os ritmos de treinos de sete minutos por quilômetro para cinco ou seis.
Tenha em mente a idéia de um planejamento maduro e maior em anos de duração. Faça o que o corpo mandar, isso está certo, porém, não se esqueça que ele vive em um mundo, que muitas vezes, não manda nada e quem realmente manda nele, é a mídia, o entusiasmo de muitos e nem sempre o seu entusiasmo.
Equilibre-se e reprograme-se.
Ótimas provas de Meias e Maratonas!

http://www.ativo.com/Esportes/Pages/MeiaMaratonaouInteiraqualdelaspesamais.aspx
 

Corrida na medida certa

Qual é a medida certa para uma corrida confortável e correta para cada corredor? Veja se os seus treinos estão na direção certa ou não /Por Miguel Sarkis 

 

foto: ivan padovani - ativo.com
 
Por ser um assunto muito contestado, diversas dúvidas são colocadas em discussão constantemente. As perguntas giram em torno de: A quantidade e a intensidade dos treinos estão adequadas? Você que lê este artigo neste momento, outros tantos que lerão e aqueles que não lerão, talvez estejam pensando o que trataremos neste artigo. Já imaginou quantas pessoas neste ano, e há muitos, estão passando pela dúvida de qual é a medida certa para uma corrida confortável e correta para cada indivíduo?
Como ainda sou corredor, acredito que todos nós pensamos, a todo instante, que este será o treino certeiro e o próximo será o que melhor se encaixará em nossas pretensões.
Observo a todo o momento pessoas correndo em provas e treinamentos que, se eu fosse o treinador, teria algo a acrescentar em suas posturas, em seus formatos, na intensidade de seus treinos e nas distâncias.
É verdade que há muitos corredores, todos os dias, todas as semanas, todos os meses, durante anos, e é quando observo a evolução da corrida de rua no Brasil e no mundo. Simplesmente acreditar que 50% dos corredores de uma determinada prova lá no interior da Inglaterra utilizam joelheiras é normal, fica bastante difícil crer que tais sinais são de pessoas que estão fazendo muito bem para sua saúde.
Agora, ao observarmos o crescimento da corrida como evento comercial, sem dúvida nenhuma, podemos notar que elas cresceram desproporcionalmente, com relação à saúde dos participantes das referidas corridas.
É difícil encontrarmos trabalhos estatísticos indicando número de lesados e a quantidade de desistentes por ano. É necessário que se publique um alerta para os desavisados, pois o número de lesados, decorrentes de treinos e provas incompatíveis com o nível de condicionamento físico das pessoas tem alterado, e muito, os rumos de crescimento qualitativo de sua saúde ortopédica. Os corredores participantes de corridas de rua e os que seguem com um intuito mais lúdico devem aprender a se posicionar diante de um planejamento de treino e de participação em provas de corrida.
É fato que este seria um trabalho que atrapalharia um pouco os investidores e fervorosos patrocinadores das provas de rua. Você sabe quantas provas teremos na semana que vem em São Paulo ou ai na sua Cidade? Pode ter certeza, se procurar você conhecerá um montão de provas, dentre as quais, as mais famosas; aquelas que você até se assusta, por nem sequer ter ouvido falar; aquelas que você não entende por que estão ali; verá que tem as que premiam com os valiosos prêmios, aquelas que presenteiam seus concorrentes com as famosas “latas de Goiabada” (alusivo aos prêmios, “Verdadeiras Roubadas”). Tudo não passa de um momento.
Esperamos que as pessoas tenham tempo de se assegurar com o conhecimento e calma para opinar melhor quando decidir o que treinar e do que participar em termos de provas de corrida.
O assunto em pauta, certamente, não tem uma finalidade de ficar aqui atazanando os seus treinos e provas, mas sim, alertar, para que você possa realizar uma ótima prova na sua próxima participação.
Para saber se seus treinos estão indo na direção certa ou não:
1) Há quantos meses treinando sem cultivar dores?
2) Há quantos meses sem sentir desânimo?
3) Há quantos meses sem ter que abortar seus treinos por falta de condições físicas?
4) Quantas vezes esteve gripado?
5) Sentiu tonturas durante ou depois de algum treino ou prova?
6) Planejou participar de uma prova por mês?
7) Planejou participar de duas provas por mês?
8) Planejou participar de três provas por mês?
9) Planejou participar de quatro ou mais provas por mês?
10) Você teve dores pelo corpo após a sua participação em prova?
Algumas dicas para que você não seja pego de surpresa:
A) Se você corre mais do que quatro provas por mês, talvez seus treinos não tenham a continuidade necessária para mantê-lo com um ótimo condicionamento físico, até mesmo por que você terá que competir todas as semanas do mês e abortará, obrigatoriamente, treinos importantes, responsáveis pela construção de sua forma física.
B) Se você apresenta um dos problemas relatados acima, pode ser uma circunstância isolada e não representar muito na questão da manutenção do progresso do seu condicionamento físico.
C) Dois problemas em poucas semanas pode ser um alerta.
D) Sentir tonturas antes, durante e após os treinos pode ser um problema por si só, então, neste caso, procure ajuda médica.
E) Mais do que dois problemas pode ser um sinal de que você esta entrando num momento de over training (excesso de carga de treinamento e descanso inadequado).
Treinar para continuar a curtir os prazeres que a corrida proporciona é uma questão de equilíbrio e planejamento.
Bons treinos!

http://www.ativo.com/Esportes/Pages/CorridanaMedidaCerta.aspx

domingo, 8 de julho de 2012

Corrida sem dor e sem culpa

Sobrevier às experiências dolorosas, como lesões, tem sido um obstáculo a se transpor para muitos corredores. Será necessário sofrer para se divertir?
 
 
foto: adam tavares - ativo.com
 
Conceitual ou Consentimento?
Correr com problemas é normal para a grande maioria das pessoas no mundo. Devemos perceber os detalhes. Certa vez, acreditei que a corrida a pé poderia ser uma grande causadora de lesões. Por tal motivo, acreditei que deveria comprar certos produtos e remédios, que se não fossem os mais importantes dos ingredientes para se manter em dia a grande alquimia do correr, seriam o segundo maior de todos.
E, por um momento, acreditei em aulas que assisti em 1978, durante um grande evento esportivo em São Paulo, e todos nós passamos a acreditar que tudo que por lá se apresentasse seria a eterna solução mágica para dores e lesões corriqueiras da corrida a pé.
A moda pega se, de fato, permitirmos. Lesões e exercícios podem ser intensos coadjuvantes, dada a perfeita relação entre crer e viver os fatos que de fato lesam.
Viver experiências dolorosas tem sido uma porta a se transpor para a obtenção dos intuitos dos corredores. Há muito, as dores são descritas como necessárias e as lesões, por consequência da crença, podem firmar esta relação.
Igualdade de ideais? Não, circunstância previsível e possível dada a casualidade dos fatos. Para entendermos tanta “filosofia”, veremos cada evidência de dores e lesões atreladas ao “consentimento” das pessoas que praticam esta modalidade.
Imagine que ao correr com um calçado apertado você sentirá uma dorzinha num ou nos dois pés. É fato que esta pode ser uma dor momentânea e poderá sumir ao haver a acomodação dos pés ou do tecido do calçado, com o alargamento possível e circunstancial.
Ao se sentir melhor passa-se o medo e a insegurança, pelo conforto sentido. Caso a dor não passe, ai virá o segundo passo que, ao perceber que está se machucando, os pés do nosso teimoso corredor passarão a se contorcer para caber dentro do apertado e incômodo calçado.
Dores antálgicas e dores por esfolamento são possíveis. Em contra partida a esse fato há remédios contra calos, bandagens especiais para os pés, geléias especificas para bolhas, e um sem fim de fármacos tão úteis quanto necessários, porém, se o conceito parasse antes da dor, não compraríamos calçados apertados e mal planejados para nossos pés. Muitos atletas não teriam sofrido dolorosos quilômetros de suas maratonas, diante das lesões que sentiram em anos passados.
O que você diria de alguém que na iminente perda de seu dedão do pé descobrisse que o ocorrido dava-se por simples desajuste de aproximadamente três números de calçados a menos e que seu dedo estaria vitimado pelo aperto e pelo inchaço, pela intensa e obstruída circulação sanguínea, além do local pouco arejado e de pouca atitude dos pés? Dedo roxo, inchado e anestesiado, marcava o iminente final de suas atividades naquele corpo e, o mais incrível, com o consentimento de seu dono, despercebido e com o forte intuito de correr, custando o que custasse.
Para variar um pouco de situação, partimos um pouco acima, com as dores dos músculos tibiais anteriores, e poderemos sentir uma dor tão universal quanto cronológica. É iniciar-se em uma caminhada saudável e, pronto! Lá vem a tal e famosa. Incomodado, interrompe os treinos, e não parece que vai passar tão cedo. O que faremos? Paramos os treinos, esperamos que ela se vá e logo voltamos aos treinamentos, como se nada tivesse ocorrido. Lesões deste tipo podem ocorrer pelo simples fato de acreditarmos num determinado ritmo “quase obrigatório” de passadas, que no mais das vezes deixam suas marcas em contraturas fortes e impotência funcional dos referidos músculos.
O descanso? Necessário. Medicação? Provável, dependendo de orientação médica. O ritmo de deslocamento deverá sofrer variações de acordo com a avaliação do tempo de condicionamento e peso corporal, que poderão ser indispensáveis. Enquanto se tenta maquiar a dor ocasionada a tal musculatura, consequentemente, lesamos antalgicamente o outro lado que até então não doía.
As tão famosas dores nas costas, que muitas vezes são decorrentes de esforço desmedido, vêm à tona, principalmente depois de intensas corridas e treinos em rampas, com pesos, com acelerações demasiadas para o momento e para o praticante assíduo, que mais uma vez acredita que sem o grande esforço, não há resultado provável.
Migramos para as dores de ombros e braços, que se transformam para seus praticantes em um “inferno de Dante”, dado o momento de trabalho intenso, estresse costumeiro e, a contragosto, dobrando o esforço para se manter treinando em uma postura adequada e na intensidade pretendida.
Dores na região pélvica tem sido uma tortura para muitos corredores que são obrigados a passar horas sentados em uma mesa de escritório e sem tempo para alongar, respirar ou, simplesmente, variar a posição. Consequência do fato: Tratamentos fisioterápicos contra possíveis lesões, fármacos para eliminar as dores, exercícios de postura, troca da cadeira e a mais distante de todas as providências: consciência postural. Sem alarmar, todos os itens podem ser uma forte justificativa para o surgimento das dores neste momento.
Por estas simples análises podemos conferir algumas das pequenas, porém necessárias, modificações de postura, quando do início de nossas aventuradas corridas a pé.
E falando em aventuradas corridas a pé, podemos lançar mão do antigo verso que dizia e diz até os dias atuais: “O Sofrimento é Momentâneo, o Prazer é Eterno”. Puxa vida, será necessário sofrer para se divertir ou podemos aproveitar uma linha de duplo prazer?
Treinar com prazer e sofrimento mínimo deve ser para o homem moderno, acostumado a sofrer bastante em outras tarefas diárias. Poderia realizar treinamentos mais calmos e adaptativos, de forma que o sofrimento fosse mínimo ou nulo. Podemos treinar sem os referidos sofrimentos que se cultivaram durante décadas e que fizeram suas vítimas.
Pessoas paradas de suas atividades físicas, mortas e ou com lembranças descabidas do que deveria ter sido uma enorme e eterna fonte de prazer de suas conquistas atléticas. Eu conheço alguns que se vangloriam pelos feitos, enquanto outros sofrem pelos males conquistados.
E então, depois de ler todas estas situações você se vê numa delas? Viu-se em algumas ou ainda vive as referidas situações?
Falemos sobre este assunto que pode não trazer a culpa para os quilômetros rodados, mas sim, a falta de conexão adequada para os treinos, seu corpo e o seu dia a dia.
Até mais.

http://www.ativo.com/Esportes/Pages/CorridaSemDoreSemCulpa.aspx

O seu rendimento na corrida caiu?

A corrida deve ser levada em conta como uma atividade séria, construtora de projetos de vida e, por fim, atlética. É preciso saber administrar o rendimento
 
 
foto: ivan padovani - ativo.com
 
Caiu seu rendimento? Caiu por quê?
É comum notarmos em algum momento que ficou difícil. Não é fácil administrarmos as quedas de rendimento e nem sempre temos as explicações mais convincentes, ou seja, aquelas que desejamos ouvir e tê-las.
Vejamos alguns exemplos:
- Cansado
- Triste
- Compromissado no trabalho
- Endividado
- Mal alimentado
- Sem hidratação adequada
- Tênis pesado
- Obeso
- Fraco
- Cansado da prova
- Cansado e doido pela musculação
- Pés doendo
- Percurso cansativo
- Desmotivação
- Eufórico
- Apressado
- Desconcentrado
- Mal dormido
- Longas horas de trabalho
- Sol quente
- Frio demais
- Vento
- Umidade relativa do ar alta ou baixa
- Irritabilidade
- Mal treinado
- Final de periodização
- Tênis apertados
A partir daí pensamos, imediatamente, numa das desculpas para nossa pouca eficiência na prova e ou nos treinos. Por que será, temos tantas desculpas na ponta da língua?
Será por que:
- Treinar é difícil
- Corrida é desgastante e fora de nossa rotina milenar de acomodações
- Correr é cansativo e pode doer
- Correr tira-nos de casa
- Correr quebra as rotinas dos happy hours
Correr é contraditório a tudo que o nosso trabalho admite. A sociedade do trabalho manda e não podemos nos apresentar suado, muito magro, Por outro lado, deve estar sempre penteado, disponibilizado horas para o trabalho e tudo isso para parecer um verdadeiro profissional. Cansativo só de pensar.
O corredor é um sujeito diferente dos demais que não correm. Ele necessita alongar-se, tem fome frequentemente, sente sono cedo, fala de corridas e treinamentos, enquanto o profissional que não corre, fixa-se no trabalho. Diferenças? Quem corre, tende a ter mais saúde. Quem não corre se apresenta mais vezes aos médicos.
A corrida é ainda, apesar de termos praticado por muito tempo, enquanto primitivos, muito estranha aos nossos hábitos sociais. Ela está distante de nosso cotidiano, e deverá, ainda neste século, se tornar um hábito tão necessário que dependeremos dela para sobrevivermos às mudanças climáticas, as solicitações do trabalho, para a absorção adequada de nutrientes, além de nos preparar para mantermos um metabolismo geral melhorado e superior aos “cataclismos” que nos esperam.
Estes pequenos cataclismos são: poluição, os alimentos de baixo valor nutricional, o desinteresse que existe nos sedentários pela hidratação e a alimentação adequada, a falta de sono, a tensão, a concentração e tudo isso para nos colocar em sintonia com os sentidos obrigatórios e que nos permita passar deste século para os próximos.
Sem dúvida, a corrida bem realizada e planejada pode nos reaproximar dos hábitos antigos, porém, e como tudo na vida em sociedade, levará um tempo para adaptar-se aos nossos costumes e vice-versa.
Precisamos, por enquanto, identificar os defeitos e, a bem da verdade, esquecê-los para que não atrapalhem nossas corridas diárias.
A corrida deve ser levada em conta como uma atividade séria, construtora de projetos de vida e por fim, atlética.
Antes de se tornar um atleta, você deve passar por vários estágios, como uma sequência que vai do caminhante, ao corredor iniciante, ao corredor intermediário, passando pelo de corredor avançado e por fim, corredor atleta.
Enquanto corredor, você poderá levar alguns fatores em consideração, até para que possa “digerir”, por exemplo, uma má fase. Ela não deve durar muito, por que uma má fase deve ter uma explicação, encerrada com uma fase de transição, adequadamente distribuída e elaborada.
Redirecionado o treinamento, a má fase irá embora, entrará uma fase de recuperação e consequente avanço para a melhora da condição física do corredor.
Certamente estes são os principais detalhes que podem atrapalhar as atividades de um corredor, então, atente para tudo que possa atrapalhar sua carreira de corredor e realinhe seus treinos para evitar as quedas de produção em hora errada.

http://www.ativo.com/Esportes/Pages/ORendimentonaCorridaCaiu.aspx