domingo, 4 de setembro de 2011

Exercícios de alongamento antes de correr 1

Exercícios de alongamento antes de correr para prevenir lesões são tão importantes quanto a água durante o treino ou corrida

É um assunto polêmico, pois muitos profissionais dizem que um alongamento que requer muito esforço acaba tirando uma certa quantidade de energia que poderia ser utilizada durante a prova, enquanto outros dizem que em nada interfere.

Deixando de lado a discussão, venho compartilhar mais um vídeo de treinamento para corredores.

O Vídeo



    http://www.corroporcorrer.com.br/2011/06/dica-exercicios-antes-de-correr.html

O melhor jeito de correr é ?

Cada um tem sua maneira de correr. Alguns correm com passadas mais largas, outros com passadas curtas, alguns correm pulando, outros rente ao solo, entram primeiro com o calcanhar....

O melhor jeito de correr é aquele que permite ir mais longe e claro, sem dores!

Quando começamos a imprimir um ritmo mais forte nas corridas, querendo ou não, nossa passada acaba mudando e com isso algumas dores acabam surgindo e algumas vezes acompanhadas por uma lesão.

O vídeo abaixo é um treinamento de passadas para quem está iniciando ou querendo melhorar o desempenho nas corridas.

É o mesmo tipo de passada utilizado pela elite durante as corridas.

 

domingo, 21 de agosto de 2011

Prevenção - Bolhas

Prevenção - Bolhas

Para ajudá-lo a proteger seus pés, temos aqui alguns problemas mais comuns, incluindo como tratar cada lesão, como se precaver para que elas não se repitam e como retornar aos treinos. Siga estes conselhos e você poderá manter seus pés sadios por muitos quilômetros. A dica de hoje é sobre:

Bolhas - Bolhas são a acumulação de fluidos entre as camadas interiores e exteriores da pele. Elas raramente são um problema sério, mas podem se infeccionar e forçar uma parada nos treinamentos se não forem tratadas apropriadamente.

Causas - Fricção prolongada entre seu pé e a meia, e entre o seu pé e o tênis, resultam em bolhas.

Tratamento - A bolha deve ser aberta o mais rapidamente possível. Então as camadas da pele irão aderir-se, e você estará correndo sem dor no dia seguinte. Limpe a bolha esfregando álcool ou outra solução anti-séptica e então fure-a com uma agulha aquecida no fogo. Drene o fluido, mas mantenha a pele. Então cubra a área com uma bandagem adesiva. Dentro de 48 horas a maioria das bolhas está seca o suficiente para serem expostas ao ar.

Prevenção - Se você é suscetível a bolhas, procure usar meias de duas camadas ou meias anti-bolhas para minimizar a fricção e umidade (meias feitas de fibras sintéticas respiráveis são boas para manter seu pé seco). Palmilhas de neoprene também podem reduzir a fricção. Mude de tênis de corrida gradualmente, e certifique-se de que está usando um tênis que se encaixa apropriadamente e que é correto do ponto de vista biomecânico, já que muito controle de movimento pode causar fricção. Um tênis de corrida muito apertado também irá causar considerável atrito.

Pode-se correr com isso? - Deixe que o conforto seja seu guia.
 
 
http://www.corremos.com.br/profiles/blogs/prevencao-bolhas

Treinamento de força para corredores - um estudo de caso (parte 2)

Treinamento de força para corredores - um estudo de caso (parte 2)

Metodologia

Neste estudo utilizou-se um questionário estruturado com 22 questões fechadas e 15 abertas com o objetivo de caracterizar o treinamento de corridas em rampa desenvolvido por um treinador brasileiro de provas de meia e longa distância com certificado de nível II pela Federação Internacional de Atletismo.

O treinador foi informado por telefone quanto aos objetivos do estudo e sua possível participação. Tendo em vista seu interesse em participar do estudo, o questionário lhe foi enviado por e-mail. Antes da devolução do questionário, um novo contato telefônico foi estabelecido para o esclarecimento de algumas dúvidas que pudessem ter surgido durante o processo de preenchimento.

Resultados e discussão

O treinador tem 40 anos de idade e atua na modalidade de atletismo há 18 anos, é formado em Educação Física e atualmente ministra aulas em uma Universidade. Atualmente são 6 os melhores atletas mencionados pelo treinador com marcas entre 13min30s-14min20s nos 5000m e 28min15s-29min30s nos 10000m. Procurou-se agrupar as respostas de tal forma que permitisse uma visão geral de como foi desenvolvido o treino de rampas ao longo dos vários períodos de preparação, a saber: geral, específico, pré-competitivo, competitivo e transição. Nestes períodos foram definidas quais distâncias o treinador utilizou no treino de rampas, assim como o intervalo para recuperação, o volume total de rampas em uma sessão e também com que freqüência o treino de rampas foi realizado durante uma semana.

Em uma das questões abertas o treinador teve a oportunidade de comentar algo que achasse relevante no treinamento de força que não foi abordado ao longo do questionário. Entre estas considerações o treinador relatou que no período de preparação geral e no período de preparação específica o treinamento em rampas era realizado em terreno de terra e grama, enquanto no período pré-competitivo e competitivo o treino era realizado em terra e asfalto para que o atleta realizasse a corrida num terreno mais regular e consistente, possibilitando uma velocidade maior na execução. Também foi relatado que durante o treino de corrida em rampas, o treinador deve estar sempre que possível presente, para a correção de eventuais erros técnicos por parte dos atletas.
O treinador deixou claro que para ele a corrida em rampas tem como objetivos principais: a melhoria da amplitude da passada e o desenvolvimento da resistência de força específica.

Conclusão

Após a análise dos resultados pode-se concluir que o treinador mantém o treinamento em rampas por praticamente todo ano com exceção do período transitório. A freqüência semanal com que o trabalho é realizado também se mantém durante os períodos.

Algumas modificações são verificadas à medida que o período competitivo vai se aproximando. Entre estas se pode observar: queda de volume em uma sessão, maior intervalo de recuperação entre as repetições, diminuição das distâncias utilizadas assim como o grau de inclinação das rampas. Através destas alterações é possibilitado ao atleta realizar a corrida na rampa de forma mais intensa. O treinador menciona em suas considerações finais que durante os períodos pré-competitivo e competitivo as corridas em rampas são realizadas em asfalto com o objetivo de tornar a execução mais rápida devido as características do terreno, manifestando assim uma preocupação com o aumento da intensidade.

Quanto a mecânica de corrida o treinador relata a necessidade de corrigir os atletas durante a execução da corrida em rampas. O treinador também destaca a busca da melhoria da amplitude das passadas através deste tipo de treino. O treino de rampa não é negligenciado, buscando desta forma que os níveis de força sejam mantidos ao longo do ano. O treinador possui a convicção que a corrida em rampas é um dos componentes utilizados para o treino de força, devendo este ser complementado com outros meios tais como circuito e diversas formas de saltos. No período transitório onde se busca uma diminuição dos níveis de treinamento do atleta, não foi constatada a realização de treino de rampas.

Por se tratar de um estudo de caso é difícil uma conclusão quanto ao treinamento de rampa em corredores de longa distância. Buscou-se apenas dar algumas orientações de como este tipo de treino pode ser realizado ao longo de uma preparação.
É necessária a realização de outros estudos deste tipo para que se crie um modelo de orientação do treinamento em rampas para corredores de longa distância.

Bibliografia

BARBANTI, V. J. Teoria e prática do treinamento esportivo. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1997.

BARNES, D. A strength and conditioning survey . Modern athlete and coach, v. 38, nº 1, p. 33-36, 2000.

BONDARENKO, V. The structure of the yearly training cycle of the Olympic winner Olga Bondarenko during  the preparation for the Olympic Games in Seoul. In The XIIth Congress of the International Track and Field Coaches Association (ITFCA), Aix-Les-Bains (FRA), New Studies in Athletics, v. 5, nº 2, p. 116-117, 1990.

MANSO, J.M.G. La Fuerza - Fundamentación, valoración y entrenamiento. Madrid : Editorial Gymnos, 1999.

MIKKELSSON, L. Strengthen the strengths: Annemari Sandell’s training. New Studies in Athletics v. 11, nº 4, p. 45-50, 1996.

PAIVA, M. C. A. Escola Portuguesa de meio fundo e fundo, mito ou realidade? Dissertação - CDEF/Universidade do Porto, 1995.

SWARDT, A. Cross-country training methods for 20000. IAAF Regional Development Centre - Nairobi Bulletin, p. 8-10, june 2000.

VERCHOSHANSKY, Y.V. Preparação de força Especial. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1995.

WEINECK, J. Treinamento Ideal. São Paulo: Editora Manole, 1999.

ZATSIORSKY, V. M. Ciência e prática do treinamento de força. São Paulo: Phorte Editora, 1999.

Autores: Cleber da Silva Guilherme - Escola de Educação Física e Esporte da USP
Fernanda de Aragão e Ramirez - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Paulo Roberto de Oliveira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)


Treinamento de força para corredores - um estudo de caso (parte 1)

domingo, 14 de agosto de 2011

O tal do VO2 máx. Você sabe para que ele serve?

André Gonçalves

O tal do VO2 máx. Você sabe para que ele serve?

Depois de um julho tão intenso e pensando que em três semanas estarei correndo a terceira e última ½ Maratona deste ano, chegou a hora de realizar um check up e ver as condições em que estou para definir as próximas semanas de treinamento.
Seguindo a orientação do treinador, sábado encurtei o longão para 12 Km para realizar um novo teste de Cooper e avaliar o meu VO2 max na última terça-feira. Antes de mais nada, preciso falar como nosso corpo é uma máquina impressionante. Ele mantém na memória muscular o nível do esforço que praticamos, facilitando nossa vida. Digo isso, pois fui para o longão sem o smartphone para controlar ritmo, pois eu queria apenas soltar a musculatura, mas para minha surpresa, ao colocar as informações no Runkeeper descobri que meu pace durante o treino foi de... 5’40”!!! Incrível!!! Incrível, pois foi o ritmo adotado em ambas as ½ Maratonas. O corpo se adequou a esta velocidade, fato que me animou bastante para as próximas corridas.
Mas voltando ao Teste de Cooper e ao VO2 máx, preciso dizer que as informações abaixo estão baseadas em informações colhidas na Internet, pois metido a besta me adiantei às ações do meu novo treinador e tentei alcançar estes indicadores de desempenho. Os sites serão relacionados no final do post a título de informação e caso você seja tão curioso quanto eu, por favor compartilhe seus resultados.
Teste de Cooper. Fiz um aquecimento de 2 Km em direção a orla de São Francisco. Melhor lugar não há para um tiro, pois a avenida na parte da manhã tem pouco movimento e a altimetria é praciamente zero. Fiz a marcação via GPS com o Runkeeper e acho que a margem de erro é muito baixa, pois estava a beira mar e com o sinal no máximo, segundo meu smartphone. Configurei a app para marcar 1.2K indo e depois outros 1.2K para voltar. Não queria correr até o Clube Naval para me rastejar de volta para casa. Assim, aguardei o aviso sonoro e mandei ver. Parti mais forte do que gostaria e cheguei a achar que não conseguiria realizar o teste corretamente. Aos poucos me concentrei nas passadas e no movimento dos braços. Rasguei a reta da praia de São Francisco em ritmo muito forte e fiz a curva preocupado com a respiração. Quando me perguntava sobre quando alcançaria os 1200 metros o smartphone apitou. De bate pronto retornei e tentei manter a mesma intensidade. A curva foi dolorida de fazer, pois ela possui um discreto aclive. Quando alcancei a reta novamente disse que era manter até o ritmo até a água de coco e mandei ver. Foram 9’32” para os 2.4 km. 4’35” na ida e 4’57” na volta. Pace de 3’58”!!! Nunca corri tão rápido. Passei de carro na orla para verificar a distância marcada pelo GPS, pois a marca é realmente incrível para mim. Talvez tenha sido pelo horário que o resultado tenha sido tão mais expressivo que o primeiro (11’48”), que foi realizado a noite, depois de um dia cansativo de trabalho. A manhã é meu melhor horário, onde estou mais inteiro e acostumado.
VO2 máx, segundo o site Copacabana Runners. O site Copacabana Runners calcula o VO2 máx usando como base o tempo em uma prova de 10 Km. Convenientemente eu acabara de correr a Adidas Inverno e com direito a recorde pessoal. Então peguei meus 50’16” e coloquei no formulário do site para receber o seguinte resultado: 43.38 ml oxigênio/Kg/min. Memorize este número, pois utilizarei mais a frente.
VO2 máx, segundo a Revista Contra o Relógio. A revista Contra o Relógio apresentou uma matéria sobre o cálculo manual do VO2 máx há alguns anos. Ela pede para que dividir 480 pelo tempo alcançado no Teste de Cooper (lembrando de convertê-lo; 9’32” = 9,5). 
Assim, 480/9.5 minutos = 50.52 ml.kg.min.
Avaliando os resultados. A discrepância entre os resultados é expressiva, mas vejamos o lado positivo do estudo. Se meu VO2 máx for apenas de 43, significa que tenho pulmão para fazer 47’. Preciso continuar trabalhando nos aspectos força e resistência para fazer em 10 Km o que fiz nos 2.4 Km. Se o VO2 máx foi de 50, significa que fui muito além do que esperava e que tenho pulmão para fazer 10 Km na casa de 41’!!! Mais uma vez, o desenvolvimento muscular será o fiel da balança.
Nada mal para o já considerado M40-44, apesar do meu aniversário ser apenas no final do mês.
Runkeeper. Apenas para esclarecer, o Runkeeper é um marcador de distância via GPS que utilizo para registrar os treinos. Ele possui recursos para planejarmos os mais diferentes treinos e possui um sistema de informação de voz invejável. Já tentei alguns outros Apps, mas ninguém me convenceu a pará-lo de usar. Apenas duas críticas construtivas e sugeridas aos desenvolvedores: a primeira seria a função pedômetro para 'cobrir' as áreas em que o GPS não funcione corretamente; a segunda seria o autopause. Conheci este recurso testando o Cardio Trainer, recomendação do meu amigo Lindemberg. Bom para atravessarmos ruas sem comprometer o pace. Disponível para Android e IPhone, este App é gratuito. Recomendo.

Links utilizados: