segunda-feira, 21 de abril de 2014

Brincando de correr

Você conhece o fartlek, modalidade de treinamento que aprimora a velocidade e o condicionamento físico ? ? ?

Por Agustín Rubio e Vanessa de Sá


Arranque, freie, acelere, corra, pare, arranque

Você se lembra de quando era criança e ficava no quintal de casa e dava uns “piques” de corrida, caminhava, corria atrás do irmão ou da irmã de novo na velocidade máxima, desacelerava um pouco para voltar a correr? Pois o que não passava de brincadeira é também a base de um dos treinos  de corrida mais antigos de que se tem conhecimento: o fartlek. Ele se baseia na alternância de ritmos, ou seja, na variação de estímulos de alta e baixa intensidade sem aquela parada para o descanso, como acontece nos treinos intervalados. Além de proporcionar o aumento do volume do coração, que conseguirá bombear mais sangue para os músculos, e mais eficientemente, o fartlek promove o incremento da capacidade pulmonar, o fortalecimento da musculatura, o desenvolvimento e o aprimoramento da velocidade e o ganho de resistência, além de maximizar os mecanismos de remoção do ácido láctico pelo corpo, algo fundamental para quem corre.
Além de o fartlek ser uma excelente opção para sair da monotonia e “quebrar” o ritmo de treino, ele oferece várias opções de treino. Conheça algumas.
Queima-gordura e resistência
Os estímulos mais intensos são longos(de 3 min a 5 min), mas não ultrapassam 70% da FC máx., e a recuperação, curta (de 1 min a 2 min), em uma intensidade que não deve ser menor que 60% da FC máx. O número de repetições varia de acordo com o nível de condicionamento do atleta. Se você começou a treinar há pouco tempo, 4 a 5 alternâncias de ritmo serão suficientes. Se você já corre faz um tempo, poderá fazer de 8 a 10.
Rendimento
Se o que você busca é rendimento, o seu tiro deve ser feito em um ritmo parecido à cadência que pretende imprimir na sua prova-alvo. A duração e o número de estímulos dependerão da prova para a qual você se prepara.
› 10k: faça de 6 a 8 tiros entre 60 s e 120 s, fazendo uma recuperação ativa (sem parar de correr) de 2 min.
› Meia maratona: a duração dos tiros não mudará muito – ficarão entre 120 s e 150 s. O que muda é o número de tiros (10 a 12), com recuperações mais curtas, de 60 s a 90 s.
› Maratona: os tiros serão mais longos, entre 4 min a 6 min, e a recuperação ativa, de 60 s.
Velocidade e potência
Neste caso, o aquecimento será mais longo, entre 25 min e 30 min. A intensidade do tiro deverá ser submáxima, próxima de 90% da FC máx., e ele será curto, entre 30 s e 60 s. O número de tiros também não deverá ser alto. Fazendo de 4 a 6 repetições, o objetivo do treinamento estará mais do que alcançado. E a recuperação deverá ser tranquila, entre 3 min e 4 min de trote suave.
Qual é o seu objetivo?
Confira como o fartlek poderá ser dependendo da sua meta.
Perder peso
› A “brincadeira” 50 x 15: depois de aquecer por 15 min com um trote leve ou uma marcha rápida (caminhando acelerado), eleve o ritmo de corrida durante 15 passos e reduza o ritmo nos 50 seguintes. Repita esse esquema de 4 a 6 vezes.
› Faça esse treino uma vez por semana.
Os primeiros 10k
› A brincadeira dos 100 passos: depois de aquecer por 15 min com trote suave, eleve o ritmo durante 10 passos e reduza a cadência nos 10 seguintes. Vá aumentando em 10 passos essa sequência, 20 mais fortes e 20 mais fracos e assim sucessivamente, até chegar a 100 passos em ritmo forte e 100 em fraco. Depois de ter feito várias vezes esse treino, faça o contrário: comece com 100 passos mais fortes e 100 mais fracos e termine em 10 passos.
› Faça uma vez a cada 15 dias.
Minha primeira maratona
› A brincadeira dos quilômetros: para que você chegue tinindo ao dia da prova, você deverá “ensaiar” muito bem o ritmo que quer imprimir nela. Depois de aquecer por 20 min com um trote leve, corra por 5 min em um ritmo de até 10 s por quilômetro abaixo da cadência na qual deseja cumprir a maratona, para depois correr suavemente por mais 2 min. Repita esse esquema de 6 a 8 vezes.
› Faça a cada 15 dias.
Melhorar as marcas pessoais
› Se o seu objetivo é, por exemplo, os 10k, o seu treino de fartlek deverá ser de intensidade. Depois de aquecer com um trote leve por 15 min a 20 mim, faça 8 tiros de 1 min a 85% a 90% da FC máx., fazendo 3 min de recuperação em nível médio, não leve.
› Faça uma vez por semana.
Aquecimento:

Não se deve começar a fazer mudanças de ritmo até que se tenha aquecido bem. Você deve se lembrar que a velocidade com que o corpo atinge o chão é um dos fatores determinantes do impacto gerado pela corrida, ou seja, quanto mais rápido você corre, maior é o choque do corpo contra o solo. Como o fartlek se baseia na variação de ritmos (velocidades), o aquecimento ganha ainda mais importância. Ele deve começar com exercícios de mobilidade articular breves e suaves, uma sessão de alongamento e, depois, um trote leve de 15 min a 20 min. Assim, o corpo irá se preparando para se submeter ao estímulo mais intenso que virá a seguir: as fibras musculares ficarão mais aquecidas, as articulações ficarão lubrificadas, os processos metabólicos serão ativados, o coração começará a trabalhar mais pesado e a frequência cardíaca subirá.
Corra mais rápido em 4 semanas
Com esta planilha, você comprovará, na “carne”, todos os benefícios do fartlek (veja tabela ao lado).
Legendas
Ritmos:
R1: Trote suave. É possível manter uma conversa.
R2: Corrida suave. É fácil de ser mantida, mas a frequência está um pouco mais elevada.
R3: Corrida ritmo médio: ritmo previsto nos 10k.
R4: Corrida ritmo alto: ritmo.
ligeiramente superior à marca pessoal nos 10k.
Palavras-chave:
Rec. Recuperação.
Abd: Abdominais. Fazendo de 150 a 200 repetições, divididas entre exercícios para abdômen superior, inferior e oblíquos é suficiente.
R: Rodagem. Corrida em ritmo constante.
Subidas: Trabalho de força aplicado à corrida e feito em forma de séries. A forma de execução é em ritmo rápido, com passada ampla, levantando bastante os joelhos e a recuperação será ativa, descendo no trote.

Os artigos publicados pela Redação do Blog MOTIVO PRA CORRER=ESPORTE SAÚDE E LAZER são coletados na Internet ou enviados por nossos colaboradores e não necessariamente representam a opinião de nossa equipe. Nosso objetivo é o de fornecer os mais variados pontos de vista para profissionais e amadores amantes e simpatizantes deste esporte.

domingo, 23 de março de 2014

10 LEIS SOBRE LESÕES NA CORRIDA – PARTE FINAL

 Evite cirurgias seria a melhor solução ??

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Lei 9 – Evite cirurgias
De acordo com o autor das 10 leis, o renomado Tim Noakes, o grande problema de realizar cirurgias é o caráter irreversível das mesmas. Ao evitar a realização de um procedimento cirúrgico, deve-se considerar as demais leis, uma vez que a grande maioria das lesões é de fácil tratamento.
Certamente existem situações em que o procedimento é inevitável, mas é preciso uma boa análise, para você não correr o risco de fazer o tratamento para um diagnóstico que não seja realmente verdadeiro.

Dessa forma, sem considerar as artroscopias (e outras cirurgias de menor impacto), uma cirurgia só é indicada para uma lesão grave, de grau 3 ou 4. Fique atento e converse sempre de forma clara e franca com o seu médico.
Lei 10 – A corrida recreacional não parece causar osteoartrite
Muitos ortopedistas afirmam categoricamente que a corrida pode causar ou exarcebar um processo degenerativo articular chamado osteoartrite. Essa opinião pode fazer por afastar ou encerrar a carreira de muitos atletas recreacionais que são apaixonados por corrida.
Na verdade, o que muitos estudos têm afirmado recentemente é que correr não aumenta o risco de osteoartrite. Tal fenômeno só pode ser detectado em corredores de longas distâncias, com treinamentos muito intensos – e realizados por muitos anos.
Dessa maneira, corredores recreacionais e iniciantes estariam fora do risco de desenvolver uma osteoartrite – a não ser em casos com predisposição (portanto, não seria por causa da corrida).
Em suas marcas… E vamos correr!

Referência: Noakes, Tim. Lore of Running, 4th edition. Human Kinetics. 741-759, 2001.


http://www.suacorrida.com.br/blog/10-leis-sobre-lesoes-na-corrida-parte-final/?guigo-lopes


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10 LEIS SOBRE LESÕES NA CORRIDA – PARTE 4

Se uma lesão é causada pela corrida, a solução mais acertada seria parar de correr? 


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Inicialmente, quero lembrar que a nossa série de posts sobre lesões na corrida está sendo totalmente baseada em um dos grandes livros sobre corrida do mundo, escrito por um dos maiores estudiosos no tema, Tim Noakes (Lore of Running, Human Kinetics, 2002). E que, eu sei, algumas leis que apresentamos parecem ser bastante polêmicas e controversas – como serão especialmente as úlitmas da nossa série (neste post e no próximo).
Essas evidências são baseadas em pesquisas científicas e numa larga experiência do autor que investiga e trabalha na prática com corredores recreacionais e profissionais há muitos anos.
Para o corredor que nos lê, ressaltamos a importância do acompanhamento com um profissional de Educação Física na elaboração dos treinos e discussão dos temas aqui abordados.
Vamos em frente!
Lei 7 – Repouso absoluto raramente é o melhor tratamento
Se uma lesão é causada pela corrida, a solução mais acertada seria parar de correr? Nem sempre. Na verdade, essa forma de tratamento pode ser eficaz para acabar com os sintomas da dor, mas muito provavelmente não vai determinar a cura da lesão. Isso porque as causas da dor e da lesão não serão tratadas. No momento em que o atleta retornar à corrida, seu corpo estará submetido ao mesmo stress anterior e a lesão certamente virá à tona novamente.
Tim Noakes, citando James (1978), categoricamente afirma que, sem dúvida alguma, o repouso absoluto é a forma de tratamento mais inaceitável para corredores. Ele justifica considerando que tais atletas mantêm uma certa dependência física e emocional dessa prática.
As possibilidades podem ser várias. Uma delas é a prática de exercícios alternativos (como ciclismo, natação, corrida na água ou até mesmo a própria corrida em tipos de solo diferentes, de maneira confortável). No entanto, em algumas situações o repouso deve ser o tratamento prioritário – é o caso de lesões que tornam impossível a prática de exercícios (como, por exemplo, uma fratura).
Lei 8 – Não aceite como palavra final o conselho de um não-corredor
Essa é a lei que eu mais me diverti ao ler as recomendações do Tim Noakes. Por mais que pareça estranha, essa sugestão faz muito sentido na medida em que atualmente, dada à facilidade de acesso à informação, quase todo mundo virou especialista em esporte, lesões e corrida de rua. Bastou treinar para completar algumas provas de 5 km e o sujeito já está apto para montar planilhas de treino ou atender corredores com lesões nos consultórios.
Siga as sugestões abaixo quando for buscar tratamento para uma lesão:
  • O médico deve ser um corredor! Sim, com experiência em corridas, para entender o seu caso e ajudar você a alcançar seus objetivos.
  • O médico deve ser apto para discutir questões genéticas e biomecânicas, bem como fatores ambientais e específicos do seu treinamento. Esses fatores, como já tratamos anteriormente, estão invariavelmente associados à causalidade da lesão.
  • O médico deve ter empatia ao seu estilo de vida. Seria inaceitável o especialista ser contrário à prática da corrida.
  • O médico não pode ser “careiro”, já que o diagnóstico e o tratamento da grande maioria das lesões de corrida são dispensiosos financeiramente.
Continue correndo! Cuidado com as lesões. E procure sempre a ajuda de especialistas.
Em suas marcas… E bons treinos!

Referência: Noakes, Tim. Lore of Running. 4th edition. Human Kinetics. 741-759, 2001.

http://www.suacorrida.com.br/blog/10-leis-sobre-lesoes-na-corrida-parte-4/?guigo-lopes


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terça-feira, 18 de março de 2014

10 LEIS SOBRE LESÕES NA CORRIDA – PARTE 3

Trate a causa e não o efeito

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Neste terceiro post a respeito de lesões em corredores, vamos abordar dois aspectos muito importantes na detecção e no tratamento da lesão. Quem não leu os posts anteriores pode acompanhar aqui a parte 1 e aqui a parte 2.
Devemos recordar, como dito no post anterior, que as lesões de corrida são, em sua grande maioria, curáveis e indicam uma “pane no sistema” – indicativo muitas vezes de algum excesso no treino ou na prova. Vamos  às próximas leis!

Lei 5 – Métodos sofisticados no diagnóstico raramente são necessários
De modo geral, as lesões causadas pela corrida ocorrem em partes moles (ligamentos, tendões e músculos) e não em estruturas ósseas. Assim, o exame de raio-x pode ser insuficiente e incapaz de detectar a lesão. Mas isso nem se mostra uma limitação, posto que esse diagnóstico pode ser feito com uma boa avaliação. Muitas vezes, a manipulação do membro lesionado vai orientar a conduta médica.
Um médico experiente e cuidadoso com o atleta de corrida, antes de solicitar exames de imagem (que muitas vezes são caros e desnecessários), deve fazer uma avaliação minuciosa, ouvindo o relato e a história detalhada da lesão, dos métodos de treinamento e conhecendo a experiência do corredor. Ele deve ainda demonstrar sensibilidade às pretensões, expectativas e anseios do corredor, buscando entender o que significa a corrida como esporte, atividade física e estilo de vida para o seu paciente.
Contudo, em algumas situações, caso a lesão persista por mais tempo, um exame de imagem mais apurado deve ser utilizado.
Lei 6 – Trate a causa e não o efeito
Novamente devemos nos remeter à Lei 1: a lesão na corrida não é um ato sem causalidade. Tendo uma causa, a cura não pode ser feita de outra forma senão eliminando o agente causador da lesão. Assim, pouco vão adiantar técnicas como cirurgia, fisioterapia, crioterapia, uso de fármacos ou qualquer outra intervenção que não agir de forma direta e específica nos aspectos genéticos, do meio ambiente ou nos fatores de treinamento.
Fiquem de olho nessas duas leis no momento de realizar um diagnóstico e elaborar um programa de reabilitação. Converse com seu médico e outros profissionais que acompanham você e busque otimizar sua recuperação e seu desempenho na corrida.
Nossa série de lesões na corrida continua na próxima semana.
Em suas marcas… E bons treinos!

Referência: Noakes, Tim. Lore of Running. 4th edition. Human Kinetics. 741-759, 2001.

http://www.suacorrida.com.br/blog/10-leis-sobre-lesoes-na-corrida-parte-3/?guigo-lopes

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10 LEIS SOBRE LESÕES NA CORRIDA – PARTE 2

 A lesão indica uma pane ou colapso do sistema


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Bom, vamos continuar o papo que começamos na semana passada e falar hoje de mais duas leis – na minha opinião, as mais importantes.
Como falamos no post anterior, conhecer essas leis é essencial para a otimização dos treinos e, consequentemente, para o desempenho na corrida. Daí a importância em entendermos as duas leis que abordaremos hoje.
Lei 3 – A lesão indica uma pane ou colapso do sistema
Essa lei tem uma relação direta com a primeira (leia post anterior): se a lesão aconteceu, resta saber qual foi a causa ou o motivo que levou à lesão. Na maioria das situações, a lesão ocorre porque o atleta ultrapassa o seu limite (breakdown point).
A quebra desse limiar pode acontecer por uma série de fatores. Os principais aspectos apontados e que devem ser observados com maior atenção nos atletas que frequentemente apresentam lesões na corrida são os métodos de treino, as superfícies de treino e os calçados de treino.
Nesse sentido, podemos dizer que o melhor terreno de treino é aquele com superfície menos rígida, como a grama, por exemplo. Outro ponto: existem estudos que apontam que indivíduos que adquirem os tênis mais caros têm maior propensão à lesão (Mart, Valder, et al. 1988), demonstrando que nem sempre os mais caros são os melhores. Última constatação: quanto maior o volume de treino, maior a intensidade do treino e maior a frequência do treino, maiores são as chances do surgimento de uma lesão.
Diversos outros fatores podem estar relacionados ao acomentimento de lesões – como, por exemplo, lesões anteriores e pouca experiência na corrida. E cabe ao atleta, junto com o seu treinador ou médico especialista, identificar possíveis fatores que podem prejudicar o desempenho e agravar ou ocasionar uma lesão.
Lei 4 – A maioria das lesões é “curável”
Aposto como muita gente agora respirou fundo. Sim, é verdade: na maioria das vezes, existe esperança e solução.
Na verdade, somente em raros casos uma intervenção cirúrgica ou o abandono da prática da corrida são necessários. Certamente, em casos de pessoas com processos degenerativos, alterações biomecânicas importantes ou com cirurgias prévias em estruturas do joelho ou quadril, essa lei perde um pouco da sua força. Estudos demonstraram que ¾ dos atletas com lesão decorrente de corrida retornaram aos treinos em até 8 semanas, simplesmente com repouso e orientação de exercícios específicos.
Duas recomendações a serem feitas, sabendo dessa lei: ao se tratar de uma lesão que não apresenta cura após um longo período, considere e questione os profissionais que estão tratando do seu caso; evite se tratar com médicos que não são entendidos ou simpáticos à corrida.
Bem, na semana que vem continuamos falando sobre as lesões na corrida.
Em suas marcas… Bons treinos e boa corrida!


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domingo, 16 de março de 2014

10 LEIS SOBRE LESÕES NA CORRIDA – PARTE 1

     Muito se fala que a corrida pode causar sérias lesões em seus praticantes.



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Muito se fala que a corrida pode causar sérias lesões em seus praticantes. Inclusive essa parece ser uma causa pela qual diversas pessoas não arriscam correr. E realmente vemos, com frequência, corredores iniciantes (em especial) surgirem com lesões com pouco tempo de prática dessa atividade.
No entanto, as lesões na corrida não podem ser encaradas como um fato natural da modalidade nem como um mito sobre o qual não devemos abordar (para não “chamar”, como diriam os mais velhos!).
Um dos grandes estudiosos e pesquisadores a respeito da corrida, Tim Noakes, aborda em seu livro Lore of Running (um verdadeiro tratado sobre o assunto) alguns princípios a respeito de lesões na corrida. E vamos tentar trazer para nossos leitores uma série de posts em que vamos apresentar esse material.
Logicamente não vou trazer no post de hoje as 10 leis (perderia a surpresa dos próximos). Então, vamos por partes, apresentando as duas “leis” iniciais:
Lei 1 – A lesão não é um ato sem causalidade
As lesões podem acontecer por fatores extrínsecos (forças externas, como nos esportes de contato) ou intrínsecos, resultantes de forças internas do corpo humano, sem relação com traumas externos. Os aspectos intrínsecos são uma combinação de três fatores: a genética do corredor, o meio ambiente em que ele treina e os métodos de treinamento.
De modo geral, não existe uma lesão que surgiu absolutamente do nada! Dessa forma, questões como tipo de pisada, escolha do tênis, realização de exercícios de flexibilidade e fortalecimento, intensidade e repouso no treino devem ser bem conhecidas e planejadas para minimizar e evitar o surgimento de lesões.
Lei 2 – A lesão pode progredir em 4 fases
Segundo Tim Noakes, as lesões na corrida, excetuando as lesões por trauma, em sua grande maioria ocorrem de forma gradual e existem alguns “setpoints” ou indicativos que sinalizam a passagem de um estágio para o outro:
  • Estágio 1: a lesão causa uma mera dor pós-exercício;
  • Estágio 2: a lesão causa um desconforto (não seria uma dor) durante a corrida, mas que ainda é insuficiente para prejudicar o desempenho do atleta;
  • Estágio 3: a lesão causa um desconforto maior, reconhecido mesmo como dor. Nesse ponto, o desempenho é prejudicado e limitado pela lesão;
  • Estágio 4: o estágio final em que a lesão impede qualquer tentativa de correr. O atleta não consegue praticar a corrida.
Cada grau indica uma maior severidade em relação ao anterior – e não necessariamente todas as lesões passam por todos os estágios. Em muitas situações (talvez na maioria delas), as lesões podem ser tratadas e curadas em seus estágios iniciais. O atleta deve estar atento e dar tanto mais atenção à sua lesão quanto mais avançado for o estágio em que se encontra.
Bem, conhecer essas leis pode (e deve) contribuir para que atletas e profissionais de saúde otimizem os treinos e o desempenho na corrida (seus ou de seus alunos/pacientes). Aguardem que, em breve, daremos continuidade ao tema.
Em suas marcas… Bons treinos e boa corrida!

Referência: Noakes, Tim. Lore of Running. 4th edition. Human Kinetics. 741-759, 2001.

http://www.suacorrida.com.br/blog/10-leis-sobre-lesoes-na-corrida-parte-1/?guigo-lopes


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domingo, 2 de março de 2014

Treino: quantas calorias você queima?

Saiba quantas calorias você gasta, em 

média, em uma corrida.

Colocar os tênis e sair correndo com o objetivo de perder peso. Muita gente faz isso, mas quantas calorias são gastas em um treino? Depende de dois fatores principais: a intensidade do exercício e a massa corporal do atleta.
“Homens e mulheres também são diferentes”, afirma Adriana Genioli, diretora técnica da AG Assessoria Esportiva, de Fortaleza (CE). “O nível de condicionamento é outro ponto que influencia”, explica. Segundo a treinadora, “uma pessoa bem condicionada, geralmente, tem um metabolismo mais acelerado do que uma outra com nível de condicionamento baixo”.
Veja nossa tabela que mostra quantas calorias são queimadas, aproximadamente, em uma corrida de 5, 10, 15, 20 ou 42 quilômetros de acordo com o seu peso, em um ritmo de trote moderado.



























Olavo Guerra | Redação

http://o2porminuto.ativo.com/corrida-de-rua/materia/treino--quantas-calorias-voce-queima-

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Saiba como aproveitar os dias de folia para fazer treinos regenerativos

Falha na recuperação é um fator limitante 

para o desempenho. Acúmulo de estresse 

exige um plano de descanso para não 

aumentar risco de overtraining


Por São Paulo

Regeneração compreende todas as atividades planejadas e estratégias para ajudar o seucorpo a superar física e psicologicamente oestresse do treinamento. É essencial para arecuperação que a mesma seja rápida e eficiente para que o corpo esteja pronto para começar o próximo exercício.
A falha na recuperação é um fator limitante para o desempenho. Considere entre elas as exigências da vida cotidiana e a folia carnavalesca, além de treinamento intenso. O estresse acumulado ao seu tecido muscular e ao sistema nervoso exige um plano de recuperação integrado no plano diário e anual. Isto deve incluir estratégias do ciclo do sono, pré e pós-treinonutrição, etc. Caso contrário, o risco de overtraining ou esgotamento aumenta.
Os Dois tipos de Recuperação:
Há uma grande diferença entre fazer nada e o descanso ativo. Uma combinação de ambos, ativa e passiva, irá maximizar os resultados do treinamento, reduzindo o potencial de lesão.
1- Recuperação ativa
No "descanso ativo", faz-se uma pausa no treinamento sério, mas ainda há atividades que beneficiam o corpo, como jogar golfetênis ou basquetetrote leve, caminhada, ou até mesmo algum trabalho leve de flexibilidade. Não é um treino, mas também existe o benefício da prática daatividade física. Não só isso, há também a diversão.
2- Recuperação passiva
A recuperação passiva inclui alternativas como massagens banhos relaxantes – frios ou quentes - de imersão. Ambos os elementos de recuperação não são apenas importantes , mas necessários. Se o corpo não tiver tempo para se recuperar, ele nunca vai melhorar.
Programas de treinamento:
A parte de regeneração com programas detreinamento tipo core performance é uma série de exercícios, mas a regeneração é também uma filosofia de vida, um reconhecimento daquilo que é necessário para planejar as maneiras de se recuperar  mental e fisicamente em todas as áreas da vida. Ter dias de regeneração significa diminuir o estresse, muitas vezes duas ou três vezes por semana, para ajudar a recuperar os rigores dos outros dias de treino.
Aqui está o por quê: Se sentar para regenerar todos os dias faz com que os sistemas do corpo fiquem estagnados, como uma piscina parada e sem uso. Mas fazendo exercícios leves nos dias de regeneração, a circulação aumenta. À medida que o sangue bombeia, impulsiona nutrientes para os músculos, acelerando o processo de recuperação e retirando toxinas.Programas de treinamento:
A parte de regeneração com programas detreinamento tipo core performance é uma série de exercícios, mas a regeneração é também uma filosofia de vida, um reconhecimento daquilo que é necessário para planejar as maneiras de se recuperar  mental e fisicamente em todas as áreas da vida. Ter dias de regeneração significa diminuir o estresse, muitas vezes duas ou três vezes por semana, para ajudar a recuperar os rigores dos outros dias de treino.   
É possível fazer tudo isso sem atividades de alto impacto, apenas movendo-se o suficiente para aumentar a circulação e, propositadamente, ativar o sistema nervoso e alongar os músculos. Não há necessidade de sublinhar músculos e articulações, tudo que eles precisam é de movimento!
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