sexta-feira, 18 de julho de 2014

POR QUE MORRER DE CORRER ? ? ?


A CORRIDA, NOS ÚLTIMOS TRINTA ANOS, vem se tornando a fonte da juventude para muitos. . .

Miguel Sarkis

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A CORRIDA, NOS ÚLTIMOS TRINTA ANOS, vem se tornando a fonte da juventude para muitos, que como eu, iniciaram no esporte imaginando que teriam mais força, jovialidade, disposição, maior resistência e mais um tanto de outras capacidades que a humanidade busca, desde a época medieval, quando já se sonhava com um algo mágico que tornaria a vida eterna e fantástica.
Hoje, em laboratórios do mundo inteiro, estão realizando pesquisas para determinar o bem e o mal que a corrida provoca no organismo dos seus seguidores, em especial nas longas distâncias. Por outro lado, há empresas apostando em benefícios até mesmo para os mais preguiçosos, prometendo forma física e soluções para a saúde plena, sem muito esforço e com muito prazer.
É fato que o corpo humano necessita de exercício físico. É também sabido que necessitamos de muito movimento, principalmente porque hoje vivemos numa fartura alimentar sem precedentes. As calorias contidas em apenas um bombom obrigariam qualquer sedentário a permanecer andando por pelo menos 30 ou 40 minutos para eliminar as míseras 115 calorias da guloseima. Agora, se o caso for um pires de torresmos, simplesmente um pires, são calorias suficientes para realizar, por uma hora sem parar, a sua corrida matinal.
Mas não é somente na mesa que encontramos os ingredientes que nos empurram ao movimento. A rotina profissional também é outro item. Horários desregrados, os incômodos do trânsito para ir e voltar do trabalho, má alimentação e sono diminuído, ora por isso, ora por aquilo; pronto, teremos estresse, também pelo cansaço físico.
Mas ao analisarmos os anos de treinamentos de um corredor qualquer, notaremos certas “ajudas extras” para manter o desempenho. Hora lançando mão de cafezinhos, outras de estimulantes ou bebidas isotônicas e energéticas, isso sem contar com os “mágicos comprimidos e injeções” capazes de alterações celulares e até genéticas.
Você sabe o que apenas alguns goles do famoso cafezinho são capazes de resultar em positividade para uma avaliação antidoping?
Tudo isso faz valer a pena correr ou nos encaminha para morrer de correr?
Para falar sobre isso, faço valer os meus longos anos (mais de trinta) em corridas de ruas, pistas e em algumas das principais maratonas internacionais.
Conheci e conheço uma imensa massa de corredores pelo Brasil e pelo mundo. Lembro-me de alguns casos e presenciei outros tantos nos quais diferentes corredores de todos os níveis chegaram ao extremo de nem sequer conseguir tocar o solo para uma corridinha prazerosa, sem sentir dor. Mas não pára por aí, existem alguns corredores que nunca mais puderam retomar seus treinamentos, o que faz crer que algum trabalho intenso somado a condições particulares de vida tornaram suas carreiras um tanto pesadas e fatigantes.
Conheço um sem fim de corredores de altíssimo nível em provas de longas distâncias e vejo o quanto eles se acabaram com pouco mais de 50 anos de idade. É preciso repensar, enquanto somos jovens, nas atitudes a serem tomadas para treinar forte e saudavelmente e não chorar o leite derramado num futuro bem próximo.
A corrida, quando bem feita, faz com que as pessoas sintam seus benefícios, mostra aos praticantes as necessidades de adequação para continuar a crescer nos treinamentos e performance. Naturalmente, seus efeitos positivos empurram para uma vida cada vez mais saudável, não sendo necessário burlar os limites seguros do organismo.

Acreditamos que correr tem que ser para valer e não para morrer! 


http://www.jornalcorrida.com.br/runbrasil/2011/04/por-que-morrer-de-correr-por-miguel-sarkis/

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