sexta-feira, 16 de maio de 2014

QUAL É O SEU DESAFIO ? ? ?


A primeira delas é encarar de frente o bicho preguiça interior, que todo mundo conhece. Ele que nos lembra, na prática, que boas intenções não bastam. 


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MELHORAR o tempo nos 5 Km? Fazer 10 Km? Independentemente de qual seja seu objetivo, é hora de transformar intenções em planos – e realizá-los. Para isso, uma boa dose de empolgação é bastante útil. Todos sabemos que por mais gostoso que seja correr, pular da cama nas primeiras horas do dia para enfrentar a rua, o parque ou a esteira (ou reservar tempo para treinar em outro momento qualquer, em meio a um compromisso e outro), cuidar da alimentação e, principalmente, se propor a fazer isso periodicamente, requer determinação.
Para superar as dificuldade e garantir o sucesso, algumas estratégias podem ser bastante úteis. A primeira delas é encarar de frente o bicho preguiça interior, que todo mundo conhece. Ele que nos lembra, na prática, que boas intenções não bastam. Para superar esse resistente “monstrinho sabotador”, o psicólogo social Peter Gollwitzer, da Universidade de Constança, recomenda o planejamento concreto de atividades – e isso vale não só para exercícios físicos, mas também para trabalho, estudo, leitura e qualquer outra atividade que tenhamos a meta de cumprir com regularidade porque sabemos que nos fazem bem, mas requerem força de vontade. Gollwitzer salienta a importância de determinar precisamente quando, onde e como fazer para atingir o que queremos.
Essa clareza ajuda a lidar com imprevistos sem se desviar da própria meta. Por exemplo: se você planejou correr na rua, mas está chovendo é preciso ter alternativa de local para praticar. Ou se surgiu um compromisso inesperado vale deixar “horários de reserva” – ainda que apenas em sua mente – em outro momento do dia para não perder a oportunidade de treinar. O psicólogo chama essa estratégia de “quando… então”. Na verdade, trata-se de fazer um planejamento para “quando acontecer determinada coisa”, “então faço isso ou aquilo” e assim mantenho meu compromisso. Ele explica que nos momentos em que somos surpreendidos por algo com o que não contávamos ficamos mais propensos a desistir se nosso cérebro não tiver, antes, criado hipóteses. É como se na hora de um pequeno estresse economizássemos um momento de impasse que poderias nos fazer buscar o caminho mais fácil para aplacar a angústia: adiar os planos. Mas quando sabemos claramente não só o que queremos e, principalmente, que as mudanças de estratégia fazem parte do roteiro, fica muito mais fácil lidar com o inusitado. De acordo com psicólogos, esse planejamento paralelo funciona como um escudo de intenções: reconhecemos precocemente situações “perigosas” e impedimentos e nos motivamos novamente.
FAMÍLIA E AMIGOS NA TORCIDA
Contar com o apoio de pessoas queridas também é eficiente para não desistir dos projetos. “Quando  a gente divide o plano ele sai da cabeça da gente, ganha corpo e forma”, comenta o comerciante José Carlos Lima, de 45 anos, adepto da corrida desde o início de 2012, que tem na namorada, Renata, sua principal incentivadora. O coordenador de infraestrutura em tecnologia da informação Moisés Fogaça de Azevedo, de 32 anos, que começou a correr há quase cinco meses, concorda. “Para superar minhas limitações mantenho o foco no meu plano de treinamento sempre tendo como combustível o apoio da minha família, especialmente a minha mulher, Fabiana, e minha filha Rafaela”, afirma. Seu objetivo? Fazer uma meia maratona. Sua maior dificuldade foi aumentar o condicionamento físico em geral e o volume de treino já que em janeiro corria, em média 15km, melhorar a respiração e definir um ritmo confortável. “Sei que vou conseguir, estou muito mais saudável desde que comecei a treinar”.
Márcia Andrade, de 39 anos, mãe de Bruna, de 16, Luísa, de 8, e Raphael, de 3 anos, corre regularmente há apenas quatro meses, mas sabe bem o que quer: cumprir um percurso de 10 km até o fim deste ano. O primeiro desafio, antes de atingir a meta final, é correr 4 km , numa prova da qual só participam mulheres. “Inicialmente pode parecer pouco, mas para quem nunca correu é um grande passo”, comemora. Amigos que já correm há mais tempo a despertaram para a possibilidade de viver essa nova experiência. “Luto diariamente contra o sobrepeso e estou desde agosto de dieta”, conta.
Márcia não é a única que enfrenta batalhas pessoais. Esportista desde a infância, a empresária Mariana Morelli Tavares, de 28 anos, tem um propósito que pode deixar os menos audaciosos de olhos arregalados: em 2014 pretende participar do meio Ironman (natação 1.900 metros/ciclismo 90 km/ corrida 21 km). Para isso sabe que precisará treinar duasveze s ao dia: corrida ou bike pela manhã, natação ou musculação à noite. Para ela é fundamental manter a constante “preparação mental”. “Muita gente treina e até está preparada, mas ‘quebra’ porque na hora da competição a cabeça não ajuda”, afirma. Mariana recorre à estratégia do dialogo interno, lembrando que “falta pouco” para chegar onde planeja. “Não fico pensando que já nadei e ainda tenho que pedalar e correr; digo para mim mesma que só falta pedalar, só falta correr.” E quando surge ao longe qualquer vislumbre de vontade de desistir, ela lança mais uma cartada: lembra de todo o esforço que fez e de tudo que já abdicou para se encher novamente de motivação. “Gosto de pensar que assim como eu, milhões de outros corredores também estão traçando seus objetivos para os próximos meses, isso faz com que eu me sinta parte de algo maior”, confessa o bancário aposentado André Lemos, de 67 anos, corredor há quase uma década. Ele e outras tantas pessoas têm em comum o desejo de superação e três certezas: não será fácil, mas é possível e vale a pena. E você, já sabe qual vitória quer comemorar no fim de 2014?
http://www.jornalcorrida.com.br/runbrasil/2014/03/qual-e-o-seu-desafio-2/

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