terça-feira, 18 de março de 2014

10 LEIS SOBRE LESÕES NA CORRIDA – PARTE 3

Trate a causa e não o efeito

RunningInjuries

Neste terceiro post a respeito de lesões em corredores, vamos abordar dois aspectos muito importantes na detecção e no tratamento da lesão. Quem não leu os posts anteriores pode acompanhar aqui a parte 1 e aqui a parte 2.
Devemos recordar, como dito no post anterior, que as lesões de corrida são, em sua grande maioria, curáveis e indicam uma “pane no sistema” – indicativo muitas vezes de algum excesso no treino ou na prova. Vamos  às próximas leis!

Lei 5 – Métodos sofisticados no diagnóstico raramente são necessários
De modo geral, as lesões causadas pela corrida ocorrem em partes moles (ligamentos, tendões e músculos) e não em estruturas ósseas. Assim, o exame de raio-x pode ser insuficiente e incapaz de detectar a lesão. Mas isso nem se mostra uma limitação, posto que esse diagnóstico pode ser feito com uma boa avaliação. Muitas vezes, a manipulação do membro lesionado vai orientar a conduta médica.
Um médico experiente e cuidadoso com o atleta de corrida, antes de solicitar exames de imagem (que muitas vezes são caros e desnecessários), deve fazer uma avaliação minuciosa, ouvindo o relato e a história detalhada da lesão, dos métodos de treinamento e conhecendo a experiência do corredor. Ele deve ainda demonstrar sensibilidade às pretensões, expectativas e anseios do corredor, buscando entender o que significa a corrida como esporte, atividade física e estilo de vida para o seu paciente.
Contudo, em algumas situações, caso a lesão persista por mais tempo, um exame de imagem mais apurado deve ser utilizado.
Lei 6 – Trate a causa e não o efeito
Novamente devemos nos remeter à Lei 1: a lesão na corrida não é um ato sem causalidade. Tendo uma causa, a cura não pode ser feita de outra forma senão eliminando o agente causador da lesão. Assim, pouco vão adiantar técnicas como cirurgia, fisioterapia, crioterapia, uso de fármacos ou qualquer outra intervenção que não agir de forma direta e específica nos aspectos genéticos, do meio ambiente ou nos fatores de treinamento.
Fiquem de olho nessas duas leis no momento de realizar um diagnóstico e elaborar um programa de reabilitação. Converse com seu médico e outros profissionais que acompanham você e busque otimizar sua recuperação e seu desempenho na corrida.
Nossa série de lesões na corrida continua na próxima semana.
Em suas marcas… E bons treinos!

Referência: Noakes, Tim. Lore of Running. 4th edition. Human Kinetics. 741-759, 2001.

http://www.suacorrida.com.br/blog/10-leis-sobre-lesoes-na-corrida-parte-3/?guigo-lopes

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