domingo, 16 de março de 2014

10 LEIS SOBRE LESÕES NA CORRIDA – PARTE 1

     Muito se fala que a corrida pode causar sérias lesões em seus praticantes.



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Muito se fala que a corrida pode causar sérias lesões em seus praticantes. Inclusive essa parece ser uma causa pela qual diversas pessoas não arriscam correr. E realmente vemos, com frequência, corredores iniciantes (em especial) surgirem com lesões com pouco tempo de prática dessa atividade.
No entanto, as lesões na corrida não podem ser encaradas como um fato natural da modalidade nem como um mito sobre o qual não devemos abordar (para não “chamar”, como diriam os mais velhos!).
Um dos grandes estudiosos e pesquisadores a respeito da corrida, Tim Noakes, aborda em seu livro Lore of Running (um verdadeiro tratado sobre o assunto) alguns princípios a respeito de lesões na corrida. E vamos tentar trazer para nossos leitores uma série de posts em que vamos apresentar esse material.
Logicamente não vou trazer no post de hoje as 10 leis (perderia a surpresa dos próximos). Então, vamos por partes, apresentando as duas “leis” iniciais:
Lei 1 – A lesão não é um ato sem causalidade
As lesões podem acontecer por fatores extrínsecos (forças externas, como nos esportes de contato) ou intrínsecos, resultantes de forças internas do corpo humano, sem relação com traumas externos. Os aspectos intrínsecos são uma combinação de três fatores: a genética do corredor, o meio ambiente em que ele treina e os métodos de treinamento.
De modo geral, não existe uma lesão que surgiu absolutamente do nada! Dessa forma, questões como tipo de pisada, escolha do tênis, realização de exercícios de flexibilidade e fortalecimento, intensidade e repouso no treino devem ser bem conhecidas e planejadas para minimizar e evitar o surgimento de lesões.
Lei 2 – A lesão pode progredir em 4 fases
Segundo Tim Noakes, as lesões na corrida, excetuando as lesões por trauma, em sua grande maioria ocorrem de forma gradual e existem alguns “setpoints” ou indicativos que sinalizam a passagem de um estágio para o outro:
  • Estágio 1: a lesão causa uma mera dor pós-exercício;
  • Estágio 2: a lesão causa um desconforto (não seria uma dor) durante a corrida, mas que ainda é insuficiente para prejudicar o desempenho do atleta;
  • Estágio 3: a lesão causa um desconforto maior, reconhecido mesmo como dor. Nesse ponto, o desempenho é prejudicado e limitado pela lesão;
  • Estágio 4: o estágio final em que a lesão impede qualquer tentativa de correr. O atleta não consegue praticar a corrida.
Cada grau indica uma maior severidade em relação ao anterior – e não necessariamente todas as lesões passam por todos os estágios. Em muitas situações (talvez na maioria delas), as lesões podem ser tratadas e curadas em seus estágios iniciais. O atleta deve estar atento e dar tanto mais atenção à sua lesão quanto mais avançado for o estágio em que se encontra.
Bem, conhecer essas leis pode (e deve) contribuir para que atletas e profissionais de saúde otimizem os treinos e o desempenho na corrida (seus ou de seus alunos/pacientes). Aguardem que, em breve, daremos continuidade ao tema.
Em suas marcas… Bons treinos e boa corrida!

Referência: Noakes, Tim. Lore of Running. 4th edition. Human Kinetics. 741-759, 2001.

http://www.suacorrida.com.br/blog/10-leis-sobre-lesoes-na-corrida-parte-1/?guigo-lopes


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