domingo, 5 de agosto de 2012

Mal súbito e provas de rua/ por Miguel Sarkis

Um caso numa prova recente em São Paulo acendeu o alerta sobre a necessidade dos corredores tomarem alguns cuidados e estarem atentos às sensações físicas
 
foto: adam tavares - ativo.com
Temos ouvido falar de mal súbito e morte súbita durante anos e toda vez que acontece de fato nos atormenta muito. Neste final de semana tivemos um episódio, diga-se de passagem, angustiante.
Um corredor de 40 anos, com alguma bagagem de corridas, não sei ao certo quantos anos de treinos efetivamente, porém, o que deu para entender é que sensações de mal estar teriam se iniciado anteriormente à prova do domingo.
Passar mal nos quatro quilômetros de prova, certamente seria resultado de um mal já estabelecido em seu organismo e que não o permitiria ir tão longe. Algumas outras situações, diferentemente deste caso, que culminou em morte do corredor, têm se repetido em provas dos mais diversos níveis e em atletas de elite, inclusive.
Por milagre, o caso se deu em frente às tendas das assessorias dos treinadores que aguardavam seus atletas, durante a passagem dos quatro quilômetros, na Avenida do Jóquei e que, de certa forma, foi uma solução imediata, com um chamado da emergência, desfibrilador e recuperação do acidentado.
Na história somam-se a esses muitos casos de mal súbito e mortes, como o mais famoso, o do soldado Grego Feidipides, que percorreu uma distância aproximada a da maratona moderna, para levar alguma forma de notícia ou alerta, não se sabe bem esta história, tendo levado a mensagem e, após, morreu.
Casos como esses ficaram em nossas memórias, até que um dia deparamos com um “soldado” desfalecido, bem ali ao nosso lado e para nosso temor, ele é como um corredor. Corre todos os dias ou quase todos, alimenta-se, dorme, e faz tudo que fazemos e divide o mesmo chão que todos.
Então, devemos colocar algo de novo na história? Sim, certamente. Todos os casos são de pessoas que passaram de seus limites fisiológicos, momentâneos ou definitivos (para algumas pessoas, com sérias restrições cardiológicas, a prática da corrida não é recomendada pelos médicos, apesar disso, continuam a correr, achando que a corrida fará milagres), continuam com seus treinos e circunstâncias semelhantes de esforços desmedidos e que levaram a tais episódios. O que fazer?
Antes de Começar a Correr
- Avaliação médica com Medico Esportivo.
- Avaliação de sangue semestralmente.
- Acompanhamento Nutricional.
- Treinamentos coerentes, graduais e possíveis.
- Objetivos graduais, como já informei em minha coluna, nas quais as provas sofrem um escalonamento de distância, até que se possa chegar às velocidades pretendidas.
- Corrida de alguns quilômetros sistematicamente realizados por anos, acima dos 4 anos.
- A especial atenção para mal estar, durante o dia, antes e durante treinos, sensações de intenso desgaste, requer uma reavaliação geral.
Exames de sangue, realizados a cada seis meses, dão os sinais necessários para um médico especialista em esportes, para optar em uma investigação mais detalhada.
Certamente, os exames médicos não eliminam muito os possíveis problemas cardíacos, exigindo assim, do praticante de corrida, intenso detalhamento de suas sensações físicas ao seu médico, nutricionista, e profissional do esporte.
Depois dos cuidados acima e da conferência diária na tabela da qualidade de vida, você terá uma corrida muito mais saudável
Boa sorte! E evidentes ganhos na sua qualidade de vida.


http://www.ativo.com/Esportes/Pages/MalSubitoeProvasdeRua.aspx

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