domingo, 10 de julho de 2011

Correr ou Caminhar?

Correr ou Caminhar?
Qual atividade é melhor para emagrecer? Essa pergunta tão óbvia para muitos, mas tão escutada por mim nesses anos de treinamento, me despertou em relatar alguns dados importantes sobre essas modalidades associadas a perda de peso.

Quando iniciamos uma prática de atividades físicas, é comum estarmos descondicionados para começarmos com uma corrida. Dessa maneira, até por forças da circustâncias, acabamos optando pela caminhada. Passado algum tempo, por condições normais de melhora do grau de condicionamento físico, a caminhada começa a perder espaço para pequenos trotes, para corridas intervaladas com
caminhadas mais intensas, até por fim se sobressair somente a corrida. Essa é a história natural do começo de quase todos corredores...

Mas enfim, se formos ver por esse prisma, a corrida é um grau mais avançado da caminhada ?

Depende, pois se levarmos em consideração que essas duas atividades são cíclicas (movimentos repetitivos em sua execução), que ambas são predominantemente aeróbias, e que permitem um grande tempo em sua execução, qual modalidade teria mais vantagem sobre a outra ?

Aí que entra o dicernimento sobre seu objetivo. Se já temos a compreensão que atividades longas, de baixa intensidade, são as melhores para queimas de gordura, deveremos perceber como está o condicionamento do praticante para distinguirmos se é melhor caminhar ou trotar leve. A idéia é elevar a F.C. num patamar entre 65 a 70% da F.C. máxima e possibilitar a esta pessoa, uma sensação de conforto que permita a atividade por uma longa duração. Dessa maneira, estará sendo executado a opção correta que otimizará a queima de gordura. De nada vale correr numa intensidade mais
elevada, pois a mesma exigirá um suprimento de energia que terá como sua principal fonte a queima de carboidratos.

Até então, toda essa explicação vem do lado fisiológico. O que muitos profissionais acabam não se importando, é sobre os outros sistemas que são fundamentais para tais modalidades. Digo, o sistema músculo esquelético, que compõe os ligamentos,tendões, articulações, músculos e ossos. Esse sistema, com uma escolha inadequada da atividade, é o que sai mais castigado e se torna o grande limite de uma maior aderência a prática dessas atividades.

O que quero mostrar, que muitas vezes, pessoas com sobrepeso estão aptas "do ponto de vista cardio-respiratório" a fazerem um trote, mas não na parte de tendões e articulações. A prática do trote, com movimentos de impacto repetitivos, acaba gerando no decorrer do tempo, o início de algumas lesões que podem ser extramamente prejudiciais no futuro dessa pessoa.

Daí a importância de um trabalho paralelo, de fortalecimento muscular, nas regiões musculares que circundam as articulações mais solicitadas na prática dessas modalidades, que seriam os músculosestabilizadores de uma boa postura, fundamental para a parte biomecânica tanto da caminhada como na corrida.

Feito esse trabalho simultâneo, também devemos se atentar para um boa biomecânica da marcha, com exercícios educativos e corretivos, que terá influência direta na biomecânica da corrida.

Uma pessoa correndo numa postura mais adequada, sofrerá um índice muito menor de lesões e desenvolverá em seu corpo, um grande potencial de solicitação muscular, que fará a diferença no futuro.

Por tudo isso que relatei, aos corredores que substimam a caminhada, reflitam como ela pode ser vantajosa no ponto de vista biomecânico e aos caminhantes aspirantes de corrida, percebam como a mesma deve ocorrer gradativamente do ponto de vista cardíaco, respiratório e muscular. Dessa forma, acredito que a caminhada e a corrida
se completam, dependendo da pessoa e da fase de treinamento em que se encontram.

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Um comentário:

  1. Ando devagar porque já tive pressa...
    Faço caminhadas, mas correr jamais.
    Aliás, é um custo muito grande fazer-me desenvolver alguma atividade física.
    Abraços

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