sexta-feira, 17 de junho de 2011

O dicionário da corrida - Parte III

O dicionário da corrida - Parte III


Confira a última parte de M a Z. Fique por dentro dos termos mais usados na corrida!

Aprenda os termos corretos e seus significados
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Por Marina Gomes

Musculação – Treinamento para aumentar a força muscular e/ou hipertrofiar a musculatura por meio de acréscimo de carga (treino resistido). A musculação é um meio seguro e eficaz para o aumento e a manutenção da força geral dos corredores, servindo eficientemente para evitar lesões. O objetivo de quem corre, claro, não é a hipertrofia muscular.

Narina – Cada um dos dois canais do nariz. Os resultados ainda não são comprovados, mas estima-se que, ao utilizar aqueles adesivos dilatadores de narina, contribui-se para aumentar a passagem de ar e, consequentemente, baixar a frequência cardíaca do exercício.

Pace – Ritmo. É a velocidade média de corrida, dada em minutos por quilômetro. Estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, EUA, revelou que cada pessoa tem um ritmo de corrida considerado ótimo, que utiliza a menor quantidade de oxigênio para cobrir uma determinada distância. Em média, a velocidade considerada ótima para homens, segundo os cientistas, é de 13,36 km/h e para mulheres, de 10,46 km/h.

Passada – Equivale ao período compreendido entre o toque do calcanhar direito (por exemplo), passa pelo apoio deste pé e do pé esquerdo e termina no momento que antecede o próximo toque do calcanhar do mesmo pé direito. Uma passada é dividida em três fases:
a) ataque: quando o calcanhar toca o chão.
b) Apoio: é a fase de transição.
c) Impulsão

Percurso – Trajeto de uma corrida, medido em metros, quilômetros ou milhas (1 milha = 1,6 k).

Periodização – Divisão do programa de treinamento em ciclos, para que se trabalhe de maneira adequada e se aumente o rendimento. O criador do conceito foi o russo Matveev, nos anos 1960. A periodização é fundamental para dar ao corpo a chance de ele se adaptar àquele estímulo.

Pisada neutra – Tipo de pisada resultante de um arco do pé não tão alto a ponto de ficar suspenso. Durante a passada, o corredor consegue manter uma pisada bastante centrada, não forçando excessivamente o pé para fora (supinador) nem para dentro (pronador).

Planilha – Planejamento do treinamento ao longo do mês de acordo com os objetivos pretendidos em curto, médio e longo prazo.

Pliometria – Exercícios que aumentam o condicionamento, a força e a técnica de corrida por meio de saltos, pulos e pequenos tiros. O conceito da pliometria baseia-se em exercícios específicos que envolvem um rápido alongamento da musculatura (chamada de fase excêntrica do movimento), seguido de um rápido encurtamento dela (fase concêntrica).

Pronador – Corredor cuja pisada tende para a parte interna do pé. Há desde pronadores leves a excessivos, ou seja, aqueles cujo pé vira exageradamente para dentro.

Proteína – Nutriente composto de pequenas unidades ou blocos, chamados de aminoácidos. Depois da água, a proteína é o segundo mais importante componente do corpo. Importante para os praticantes de atividade física, pois atua na construção da musculatura, unhas, cabelos, pele, ligamentos, formação de enzimas, anticorpos e hormônios.

Quebrar – Termo popular para a fadiga extrema, exaustão que impede a continuidade do exercício.

Recuperação – Processo de restauração após o exercício físico. É um fator crucial na preparação do corredor, pois possibilita a melhora do rendimento. Fazem parte dessa etapa o descanso ativo, a alimentação balanceada, o sono e as atividades de lazer.

Respiração – Movimentos físicos associados com a troca de gases: a inspiração leva o oxigênio do ambiente externo para dentro do corpo, onde será usado para produzir energia, e a expiração, o gás carbônico para fora do organismo. O tema é polêmico, mas não há uma regra para respirar na hora de correr, ou seja, pode er pelo nariz ou pela boca. Em algumas situações é complicado respirar apenas pelo nariz. Quando a intensidade do exercício é muito alta, por exemplo, é mais indicado respirar pela boca, que possibilita um maior fluxo de ar para dentro do corpo.

Rodagem – Treinos leves, que podem ser longos, e usados com função regenerativa.

Skipping – Exercício educativo cujo objetivo é fortalecer a musculatura da perna e melhorar a técnica de corrida. Consiste em correr elevando alternadamente os joelhos até a altura do quadril.

Sobrecarga – Aumento na intensidade ou duração do exercício.

Supinador – Corredor que apoia a parte externa (de fora) do pé com mais intensidade durante a passada.

Suplemento alimentar – Substâncias que fornecem nutrientes essenciais como proteínas e carboidratos. São utilizados para complementar a alimentação e para a melhora do desempenho. Os mais utilizados por corredores são os carboidratos e as proteínas (especialmente a whey protein e o BCAA).

Tendinite – Inflamação de um tendão. Pode acometer o tendão de diferentes articulações, sendo a causa principal o esforço repetitivo a que ele é submetido durante a corrida. É uma das patologias mais comuns entre corredores.

Teste ergoespirométrico – Teste de esforço realizado na esteira. Voltado a corredores de todos os níveis de condicionamento físico (do iniciante ao atleta profissional), tem como objetivo mensurar o VO2 máx e os limiares aeróbico e anaeróbico. É realizado em esteira ou no rolo para bicicleta com a ajuda de um analisador de gases, que fica acoplado por meio de uma máscara ao rosto do corredor. A identificação dos limiares aeróbio e anaeróbio é fundamental para determinar as zonas ideiais para o treinamento aeróbio. O ideal é refazer o teste a cada seis meses.

Teste Ergométrico – Teste feito em uma esteira, cujo objetivo é avaliar o comportamento do coração quando submetido a um esforço. Permite identificar, por exemplo, se o corredor apresenta alguma anomalia cardíaca. Além de acompanhar o coração, monitora-se a pressão arterial a fim de detectar se o atleta tem alguma reposta hipertensiva durante o exercício.

Tiro – Tipo de treino intervalado composto por uma sucessão de esforços intensos (feitos por alguns minutos ou metros) intercalados por pausas com caminhadas ou trotes.

Trail running – Corrida geralmente em terrenos acidentados, como montanhas, de¬sertos, florestas e trilhas.

Treinamento funcional – Como o nome sugere, o treino funcional tem a ver com função. Em crescimento no Brasil e no mundo, essa nova tendência e maneira de pensar a atividade física tem como objetivo preparar o corpo para que ele execute os movimentos de forma mais eficiente. Exercícios trabalham o corpo de uma maneira completa, usando, fundamentalmente, superfícies instáveis, bolas, cordas e elásticos, além de usar o próprio corpo como mecanismo de treino. Estimulam, dessa forma, além da força, a propriocepção e o equilíbrio, sem focar na questão de pesos e músculos isolados, como faz a musculação.

Treino de base – Primeira fase da periodi¬za¬ção de um treinamento, varia de quatro se¬¬¬ma¬nas a três meses. Geralmente feito em início de temporada, permite alcançar um ótimo condicionamento físico para suportar os treinos mais intensos e específicos ao longo da temporada. O foco do treino de base é o fortelecimento mus¬cular e o volume, e não a intensidade.

Treino de limiar – Treino em que a pessoa corre muito próxima do limiar anaeróbico. O objetivo é aumentar o limiar, de forma que consiga correr com alta frequência cardíaca por mais tempo, sem que haja acúmulo de lactato.

Treino regenerativo – Treino leve fei¬to em dias posteriores a treinos intensos. Serve pa¬ra recuperar o corpo de um esforço mais pesado.

Trote – Corrida muito leve, em uma faixa que vai de 50% a 60% da FC máx.

Ultramaratona – Qualquer prova com distância superior a 42,195 k. A mais longa ultramaratona certificada do mundo é a The Ultimate Ultra, com 2 092 k. Há, também, a Trans América Footrace, que ocorre todos os anos de Nova York a Los Angeles. São 64 dias con¬secutivos, cobrindo um percurso de mais de 4 800 k em uma média de 72 k por dia.

VO2 MÁX – Quantidade máxima de oxigênio que o organismo consegue absorver por minuto durante a prática do esporte. Quanto maior esse número, mais econômica é a corrida – ou seja, mais desempenho com menos esforço. Um atleta de elite tem VO2 máx em torno de 70 ml/kg/min, enquanto do sedentário está na faixa de 40 ml/kg/min.

Velocista – Atleta que participa de provas até 400 m. Tem predominância de fibras rápidas nos músculos.

Zonas-alvo de treinamento – Limites mínimo e máximo de frequência cardíaca ideais para cada treino para se obter o máximo benefício. Por exemplo: FC até 130 para um treino re¬generativo; FC maior que 165 para um treino de limiar de lactato etc.


Karina Bernardino


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Postado por Gilberto L .Paiva

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