sexta-feira, 17 de junho de 2011

O dicionário da corrida - Parte II

O dicionário da corrida - Parte II

Conheça os termos mais comuns no mundo da corrida, nessa segunda parte de F a M!

Aprenda os termos corretos e seus significados
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Por Marina Gomes

Frequência cardíaca de repouso – Número de batimentos cardíacos durante 1 min, tomado quando em repouso completo, geralmente ao acordar.

Frequência cardíaca de trabalho – É o percentual da FC utilizado para determinar a intensidade do esforço conforme o objetivo do treinamento. Por exemplo: treinos a 60-75% da FC máx representam um esforço de caráter aeróbico e entre 75-90% da FC máx, um esforço de caráter aeróbico/anaeróbio.

Frequência cardíaca máxima – É o máximo esforço (teórico) que pode ser solicitado ao coração em termos de batimentos por minuto (bpm). Existem inúmeras fórmulas para determinar a FC máx, (como a 220 – a idade), porém são apenas aproximações estabelecidas para a execução de treinos seguros. A FC máx só é medida pelo exame ergoespirométrico.

Frequencímetro – Também conhecido como monitor cardíaco, é o aparelho que monitora os batimentos cardíacos durante a corrida e, com isso, ajuda o atleta a estabelecer os seus limites de forma adequada. Hoje em dia, muitos deles também estimam o consumo máximo de oxigênio e as calorias gastas com o exercício.

Fundista – Atleta que participa de provas maiores que 5 000 m. Ele tem predominância de fibras lentas.

Gases – Os gases intestinais incluem o N2, O2, CO2, H2 e CH4 (metano). A maior parte deles é derivada de carboidratos que não são quebrados ao passarem pelo estômago. Como o intestino não é equipado com as enzimas necessárias para quebrá-los, eles acabam fermentados por bactérias que vivem por ali. A quantidade e os tipos de gases produzidos dependem da mistura de microorganismos no colo. O consumo de grandes quantidades de fibras, leguminosas (feijões), amido, álcool e açúcar, assim como a aerofagia (engolir ar), podem aumentar a produção de gás no colo e a flatulência.

Glicogênio – É a forma na qual os carboidratos (açúcares) são armazenados no corpo. O sistema de regulagem interna do organismo desloca o açúcar diretamente para os lugares onde eles são requeridos. Os principais deles são o cérebro e os músculos. Por isso, não é preciso ficar comendo carboidratos a todo instante. O organismo consegue armazenar cerca de 500 g de glicogênio: 100 g no fígado e 400 g nos músculos.

Glicose – De longe, o mais comum e importante carboidrato. Fonte primária de energia do corpo, também é chamada de açúcar sanguíneo, já que circula pelos vasos e artérias. Produzida pelas plantas por meio da fotossíntese, no homem ela é obtida na digestão de açú¬cares e amido. Para atingir o interior das células, onde será usada como fonte de energia, é ne¬cessária a atuação de um hormônio: a insulina.

Hidratação – Reposição adequada de água e sais minerais durante a prática esportiva, perdidos pelo suor. Já que a água é o principal componente do corpo (compõe 75% dos músculos e 10% do tecido adiposo), é necessário repô-la para que o organismo tenha condição de continuar funcionando com precisão.

Hipertermia – Aumento anormal da temperatura corpórea, resultante do
refriamento inadequado do corpo. O organismo é capaz de tolerar uma queda na temperatura interna de até 10º C, mas não consegue suportar elevações maiores que 5ºC. Quando o calor gerado pelo exercício não consegue ser removido do corpo, ele pode se acumular em órgãos e atingir níveis perigosos. Corrida em ambientes muito quentes e úmidos (entre 60% e 70%) são os maiores responsáveis pelo aparecimento de hipertermia.

Hipoglicemia – Queda no nível de glicose do sangue. Níveis menores que 70 mg/dl indicam hipoglicemia. Esportistas podem apresentar um tipo de hipoglicemia chamado de rebote. Ela se manifesta quando há ingestão de alimentos de alto índice glicêmico até 30 min antes da corrida. Eles provocam o rápido aumento da glicose e, consequentemente, a liberação de muita insulina para compensar esse pico de açúcar no sangue. Isso causa a diminuição abrupta da glicemia. Como a glicose é a principal fonte de energia para o cérebro e o sistema nervoso, os sintomas são tontura, fome, náusea, desequilíbrio, fadiga, fraqueza, confusão e sudorese. Para reverter os sintomas, é necessário comer açúcares de rápida absorção.

Hiponatremia – Também chamada de intoxicação de água, geralmente é resultado do consumo excessivo de fluidos, da sudorese exagerada ou da ingestão inadequada de sódio (bebidas esportivas ou alimentos sem sódio ou sem a quantidade adequada), que levam à queda da concentração de sódio no sangue (o sangue fica muito diluído e os minerais que estão presentes nele também). Durante exercícios de alta intensidade, o sódio é perdido pelo suor. Os principais sintomas são desorientação, confusão mental, falta de coordenação motora, náuseas, vômitos, dores de cabeça, diarreias e tonturas. O balanço de sódio no sangue é fundamental para transmitir os impulsos nervosos e para que os músculos contraiam corretamente. Estudos mostraram que atletas de alta intensidade chegam a perder mais de 2 g de sal por litro de suor. Se não tratada, pode levar à morte.

Hipotermia – Em temperaturas muito baixas, o corpo pode perder calor mais rápido do que ele consegue produzir, levando a um estado chamado de hipotermia, ou seja, a uma temperatura corpórea exageradamente baixa. Se ela atingir menos de 35ºC, é considerado emergência médica e pode levar à morte se não tratada rapidamente. Os sintomas da hipotermia são sonolência e confusão.

Hopserlauf – Exercício educativo que alterna corrida com saltos com joelhos elevados, em uma movimentação bastante exagerada da corrida, com o intuito de melhorar a técnica das passadas, além de fortalecer os músculos da coxa e melhorar a impulsão do atleta durante o salto.

Índice glicêmico – Índice ou ranking de carboidratos segundo o efeito que cada um deles tem sobre os níveis de glicose sanguínea. Aqueles que levam a uma elevação muito grande e rápida são os que têm maior índice glicêmico e aqueles que, ao contrário, levam a um aumento pequeno e lento, têm baixo IG.

Intensidade – É o quanto de esforço você precisa fazer para executar um exercício. Ela pode ser alterada pelo aumento da velocidade ou da sobrecarga (exemplo: correr em terreno inclinado).

Intervalado – Tipo de treino que consiste em alternar a intensidade do estímulo, intercalando de esforços intensos com pausas para recuperação (caminhadas ou trotes). São os famosos tiros. Surgiu pelas mãos do alemão Woldemar Gerschller e do fisiologista Herbert Reidell, no final dos anos 1930. O intervalado com intervalos curtos promove o desenvolvimento da resistência aeróbia e o com intervalos longos, também conhecido como treino de repetições, atua no desenvolvimento da resistência anaeróbia. Melhora o condicionamento cardiorrespiratório e aumenta a queima calórica.

Isometria – Exercícios que privilegiam a contração estática do músculo, sem movimentação do corpo.

Isotônico – Bebida à base de água, sais minerais (potássio, magnésio, cálcio, sódio) e carboidratos, usada para repor os fluidos e os eletrólitos perdidos durante o exercício pelo suor. Recebeu o nome por ter uma formulação semelhante à do plasma.

Jejum – É um período de abstinência do consumo de qualquer alimento (às vezes, até de água). O jejum não é de todo ruim para o organismo, afirmam especialistas, já que ele dá uma "sacudida" no corpo. Mas esportistas e, especialmente corredores, não devem treinar nem ficar muitas horas sem ingerir alimentos, principalmente antes de praticar atividade física, pois isso pode levar à hipoglicemia, entre outras complicações, como a perda da massa magra.

Kick out – Conhecido também como "soldadinho". Exercício educativo cujo objetivo é fortalecer a musculatura dos membros inferiores e aumentar a extensão da passada. Consiste no movimento alternado e ritmado das pernas para a frente, com os joelhos totalmente estendidos. Os braços devem se movimentar de forma coordenada com o movimento das pernas.

Lesão – Dano na estrutura ou função de um tecido do corpo. No caso de corredores, afeta prioritariamente pés, canela, joelho
quadril.

Limiar aeróbio – Limiar 1. Faixa de frequência cardíaca em que a geração de energia pelo músculo consome mais oxigênio e menos glicose. Com isso, há menos formação de lactato, que consegue ser totalmente reabsorvido pelo oxigênio disponível. O exercício, dessa forma, consegue ser mantido por longos períodos. É o exercício moderado.

Limiar anaeróbio – Limiar 2. Faixa de frequência cardíaca (intensidade do exercício) na qual a produção de lactato é maior que a de remoção da substância, levando a um acúmulo de lactato. O exercício (intenso), dessa forma, é mantido por pouco período. É o ponto no qual a geração de energia pelo processo anaeróbio supera a da via aeróbia.

Longão – Treino leve com quilometragem maior que a habitual. Permite que o corpo se adapte ao estresse de correr uma distância maior da que ele está acostumado. É fundamental para corredores que estão treinando para provas de longa distância.

Macrociclo – É o plano de organização geral do treinamento para qualquer modalidade esportiva. Dependendo do nível de condicionamento físico do atleta e do objetivo dele, um macrociclo pode durar de seis meses a quatro anos (caso, por exemplo, dos atletas olímpicos). Engloba o treinamento de base, o pré-competitivo, o competitivo e o período de transição.

Maratona – Prova com distância de 42,195 k.

Meia – Proteção contra as costuras do tênis, que podem causar bolhas com o atrito durante as passadas. Algumas mais modernas, inclusive, ajudam no amortecimento.

Meia-maratona – Prova com distância de 21,097 k.

Meio-fundista – Atleta que participa de provas de 800 a 1 500 m.

Mesociclo – Conjunto de 4 microciclos ou o correspondente a um mês de treinamento.

Microciclo – Planejamento da semana de treinamentos.

Karina Bernardino


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Postado por Gilberto L .Paiva

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