sexta-feira, 17 de junho de 2011

O dicionário da corrida I

O dicionário da corrida

Confira a primeira parte! De A a F, conheça os termos mais comuns no mundo da corrida

Aprenda os termos corretos e seus significados
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Por Marina Gomes

Aceleração – Utiliza-se para descrever corridas com aumento de velocidade, seja em distâncias curtas ou, durante um treino lon¬go, por um curto período de tempo.

Ácido láctico – Dentro dos músculos, durante a atividade, há quebra de ATP para pro¬duzir energia. O ATP, ou adenosina trifosfato, é a principal moeda energética do corpo. Quando se realiza exercícios muito intensos, o oxigênio disponível acaba sendo pouco para a demanda necessária, que é alta, e o organismo não tem tempo suficiente para ressintetizar essas moléculas, produzindo, então, o ácido láctico como subproduto. Até não muito tempo atrás, acreditava-se que ele era responsável por boa parte dos problemas sofridos pelo corredores: dor muscular, cãibra e fadiga. Hoje se sabe que ele não é o vilão que se pensava que fosse. O ácido láctico também participa da produção de glicose no sangue e de glicogênio no fígado. Um dos objetivos das diferentes estratégias de treino é minimizar a produção dessa substância, que, acumulada no corpo, pode le¬var à fadiga, e aumentar a sua eliminação durante as provas.

Aeróbio -– O Colégio Americano de Medicina do Esporte define como exercício aeróbio qual¬quer atividade que usa grandes grupamentos musculares e que pode ser mantida por um longo período, ou seja, é a atividade fí¬¬sica realizada em níveis de intensidade mo¬derada por longos períodos de tempo. É o ti¬¬po de exercício que leva o coração e os pulmões a trabalharem bem mais sobrecarregados que quando em repouso. Entre os benefícios dos aeróbios estão a redução do risco de desenvolver diabetes, dos níveis de colesterol e da gordura corporal, entre outros. Aeróbio significa "com oxigênio" e refere-se ao uso do gás pelo cor¬po no pro¬cesso de geração de energia.
Alongamento – Procedimento no qual o músculo é estirado visando atingir o seu comprimento máximo. É um trabalho que visa a manutenção ou melhoria da flexibilidade.

Aminoácido – São os blocos ou "tijolos" formadores das proteínas. O homem é capaz de produzir 10 dos 20 aminoácidos existentes: alanina, asparagina, ácido aspártico, cisteína, ácido glutâmico, glicina, prolina, serina e tirosina. Os outros 10, chamados de essenciais, devem vir da alimentação. São eles: arginina (fundamental durante o período de crescimento, mas não na fase adulta), histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano, felilalanina e valina. Ao contrário da gordura e dos carboidratos, os aminoácidos não podem ser armazenados para serem usados depois (quando o corpo precisa).

Anaeróbio – Anaeróbio significa "sem ar", ou seja, não usa o oxigênio para a geração de energia. São exercícios feitos em uma intensidade alta durante um curto período de tempo. Uma boa maneira de lembrar o que é o exercício anaeróbio é pensar nas palavras curto e rápido. Compreende as atividades de força, como um sprint no fim da corrida, ou a musculação.
Anfersen – Exercício educativo. É uma corrida na qual o corredor deve encostar, alternadamente, os calcanhares no glúteo. O tronco deve estar levemente inclinado para a frente.

Aquecimento – Corrida leve ou caminhada antes do treino com o objetivo de aumentar a temperatura e preparar o corpo para o exercício.

ATP-CP – Forma de armazenamento da energia adquirida pela alimentação, de forma a ser rapidamente mobilizada e utilizada durante um exercício intenso e curto. Um dos sistemas de produção de energia, representa uma fonte imediata de "combustível" para o músculo ativo. Atividades que exigem altos índices de energia durante breve período de tempo dependem, basicamente, da geração de ATP a partir das reações enzimáticas do sistema.

Barreira dos 32 k – É uma das situações mais temidas por quem corre maratona. Em provas de longa duração, os estoques de glicogênio muscular (a forma na qual o carboidrato é armazenado nos músculos) vão diminuindo de acordo com a intensidade do esforço. Quer dizer, quanto maior a velocidade que se emprega, mais rápido o glicogênio será consumido. Em uma competição longa como a maratona, corre-se em relativo estado de equilíbrio até por volta do quilômetro 30. Mas, para boa parte dos atletas, a partir dessa distância corresponde ao momento em que o glicogênio muscular armazenado acaba e quando o organismo passa a usar a gordura como fonte de energia. Essa mudança geralmente é acompanhada de alguns sintomas, como dores no abdômen, e as pernas deixam de obedecer ao cérebro. Resultado: o ritmo cai assustadoramente. É o que convencionou-se chamar de barreira dos 32 k.

Bolhas – Ferimentos causados pelo atrito da meia com o pé ou pelo suor acumulado no tênis durante a corrida. O uso de uma meia apropriada reduz a possibilidade de aparecimento dessas feridas.

Café – Estudos sugerem que o consumo de cafeína (3 a 6 mg por quilo de peso) parece melhorar o desempenho físico na corrida.
Supõem-se que ela aja no sistema nervoso central, alterando a percepção de esforço, ou tenha ação direta no músculo, potencializando a contração muscular. Há ainda uma terceira hipótese, de a cafeína aumentar a queima de gordura, poupando as reservas de carboidrato.

Cãibras – Contrações musculares involuntárias, normalmente após exercícios físicos. As causas mais comuns são a desidratação, a perda ou deficiência de sais minerais, entre eles potássio, cálcio e magnésio, o uso de diuréticos, que leva à perda de potássio, e problemas de circulação nas pernas, que resultam em um suprimento inadequado de oxigênio aos músculos.

Canelite – Dor na região anterior da perna (canela) causada pela inflamação da tíbia. O termo correto para a canelite é síndrome do estresse tibial medial, ou periostite tibial, e é a quinta lesão mais recorrente em corredores de longa distância, com rodagens entre 30 k e 50 k semanais.

Carboidrato de alto índice gli¬cê¬mico – Carboidratos facilmente digeríveis e que elevam rapidamente a glicose sanguínea. Para controlar a elevação da glicemia, o corpo precisa liberar mais insulina. Depois do treino, escolha alimentos com alto IG, pois fornecerão a energia rápida de que você precisará para recuperar-se do esforço. Exemplos: mel, pão branco e batata.
Carboidrato de baixo índice glicêmico – Carboidratos que elevam a glicemia mais lentamente. Como consequência, a liberação de insulina pelo corpo se dá de forma constante. Antes da corrida, prefira alimentos com baixo ou moderado índices glicêmicos (IG), pois eles alcançam a corrente sanguínea de forma lenta e contínua. Desta forma, fornecem energia durante prolongado período de tempo. Exemplos: feijão, pão integral.

Carboidrato em gel – Composto por uma mistura de carboidrato (maltodextrina e frutose) para consumo em treinos longos. Rápida digestão e absorção, o que é interessante, pois, no momento do exercício, o estômago recebe apenas 20% do seu fluxo normal de sangue e, com isso, fica com o processo digestivo comprometido. O gel de carboidrato deve ser ingerido a cada 40 min de exercício intenso (aproximadamente), de preferência com água.

Core – Também chamado de centro de força do corpo ou powerhouse, a região do core engloba glúteo, diafragma, abdômen e períneo (assoalho pélvico) e é responsável por gerar estabilidade e proteger a coluna contra possíveis impactos originados em atividades do dia a dia ou esportivas. Se enfraquecidos, os músculos do core alteram o centro de gravidade do corpo e contribuem para o aumento de lesões.

Corrida progressiva– Também chamada de split negativo. É aquela na qual a segunda metade da prova é feita em um ritmo mais forte (mais rápido que o primeiro). Foi a estratégia usada por Marilson dos Santos quando ganhou pela primeira vez a Maratona de Nova York.

Corrida leve – Corrida na qual a frequência cardíaca fica entre 65% e 70% da FC máx.

Crioterapia – Uso de baixas temperaturas (gelo) com finalidade terapêutica. Em geral, utilizada para reduzir o metabolismo local e a dor após uma lesão e para acelerar o processo de recuperação após exercícios intensos.

Cross training – Significa treinar de maneiras diferentes ou fazer distintas modalidades para melhorar a performance ou para trabalhar outras habilidades e, com isso, melhorar o condicionamento aeróbio, descansar alguns grupamentos musculares e tendões e diminuir a possibilidade de lesões. Estudos mostraram que é possível manter a condição física do corredor por ao menos quatro semanas apenas usando a bike, quer dizer, pedalando. Ou seja, a magrela é uma das boas opções para se recuperar de uma lesão no treino ou em uma prova e ainda manter-se condicionado. Também pode-se complementar a corrida com natação ou remo (parte aeróbia) ou Pilates ou ginástica funcional (fortalecimento muscular).

Desaquecimento – Minutos de trote ou caminhada após uma corrida para diminuir a temperatura corporal e restabelecer a frequência cardíaca de repouso.

Descanso – Período de recuperação entre as sessões de treinos ou competições, cujo objetivo é promover a restauração metabólica e neural do organismo. O descanso é tão importante quanto o treinamento ou até mais, pois possibilita a regeneração das reservas energéticas e, com isso, o alcance de um novo e melhor nível de condicionamento. Varia de 12 horas (treino leve) a 72 horas (treino intenso). Também é conhecido como descanso passivo, já que o atleta interrompe o seu treinamento para apenas relaxar.
Descanso ativo – Quando o treinamento não é totalmente interrompido. Durante um treino de tiros, por exemplo, o intervalo ativo é um trote ou caminhada. Descanso ativo também é quando o corredor se entrega a outras atividades, como pedalar ou nadar, nos dias em que não treina corrida.

Descida – Treino em declives. Frequentemente faz parte do trajeto de uma prova, mas não é exatamente amiga das articulações. Quando se treina ou corre no declive, aumenta-se a chance de contusões nos joelhos, panturrilhas e tendões de calcâneo. E o risco é maior quanto mais pesado é o corredor ou quando ele se anima com a facilidade do percurso e aumenta o ritmo desenfreadamente. Isso pode gerar uma lesão também nos músculos posteriores da coxa. Mas é na descida que o atleta geralmente consegue recuperar o tempo perdido na subida e melhorar o tempo de prova. Porém tudo requer atenção, claro. Toda descida exige bastante do quadríceps, a musculatura anterior da coxa, que contrai para reduzir a aceleração.

Desidratação – Significa que o corpo per¬deu água demais, não colocou para dentro a quan¬t

Karina Bernardino

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Postado por Gilberto L .Paiva

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